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Cassio GussonCassio Gusson

Banco Central do Brasil quer processar 4 mil transações por segundo usando sistema de criptografia, mas não blockchain

Banco Central do Brasil lança edital para contratação de sistema de criptografia para processamento de transações mas não especifica uso de blockchain

Banco Central do Brasil quer processar 4 mil transações por segundo usando sistema de criptografia, mas não blockchain
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O Banco Central do Brasil está em busca de soluções baseadas em criptografia que possam processar até 4 mil transações por segundo, no entanto, não há no radar do BCB, até o momento, o uso de um sistema baseado em blockchain, segundo edital do Bacen publicado recentemente.

De acordo com o Banco Central, a instituição contratará módulos de segurança criptográfica de rede que devem suportar de 700 a 4 mil transações por segundo. A compra inclui hardware, firmware e as licenças de softwares necessárias, incluindo os provedores de serviços criptográficos (CSP) a serem instalados nos servidores de aplicação.

A solução também deverá prover alta disponibilidade, permitir que as chaves privadas geradas pelo BCB sejam replicadas para todos os equipamentos com escalabilidade e com capacidade de criar no mínimo 50 conjuntos de certificados e chaves totalmente segregados, com senhas de acesso às chaves individuais e suportar a geração e armazenamento de no mínimo 10 mil chaves em partições distintas, entre outras aplicações.

O edital não especifica se a solução será adotada em algum dos novos projetos do Banco, como o Open Banking ou o novo sistema de pagamentos instantâneos que deve substituir TED e DOC no Brasil por transferências usando contatos no celular ou QR Code.

Como noticiou o Cointelegraph, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, garantiu que as operações de TED e DOC vão acabar em 2020 e serão substituídas pelo sistema de pagamentos instantâneos, que vem sendo desenhado pelo Bacen e utilizará um sistema que permitirá transferir recursos por meio de contatos no celular e também por QR Code.

A declaração de Campos Neto foi feita durante o Fórum de Investimentos Brasil 2019 que contou também com a participação de grandes instituições financeiras do Brasil como Bradesco e Nubank.

“Os pagamentos instantâneos vão trazer uma grande revolução no Brasil juntamente com as outras medidas que o BC vem tomando, open banking, por exemplo”, disse Campos Neto, destacando a importância de ter o projeto centralizado no BC e não em um ente privado no intuito de ter um sistema único e interoperável.