O banco central brasileiro, ou Banco Central do Brasil, está aumentando seus esforços de pesquisa e desenvolvimento (P&D) na tecnologia Blockchain. O banco central está alegadamente experimentando com "quase todas as plataformas Blockchain que pode colocar as mãos".

A partir de metade de novembro de 2017, o banco central está no processo de desenvolvimento de provas de conceito em quatro plataformas diferentes. As plataformas são o Ethereum, o Quorum do JP Morgan, o Hyperledger Fabric e o Corda 1.0 recentemente lançado pela R3.

De acordo com o vice-chefe de departamento de informática do Banco Central do Brasil, Aristides Andrade Cavalcante Neto, seus esforços visam adotar um modelo de negócios diferente usando inovações emergentes.

"Nós somos um banco central, e nós desfrutamos de muita estabilidade. Mas você deve pensar em mudar. Você deve pensar em um modelo de negócios diferente. Então, para nós, essa é a parte mais difícil desse tipo de trabalho quando estamos falando sobre inovação".

Aumento do interesse em Blockchain

As iniciativas do PoC do Banco Central do Brasil concentram-se principalmente no uso da tecnologia Blockchain para respaldar seu sistema de liquidação bruta em tempo real (RTGS) denominado Sistema de Pagamentos Brasileiro e para alinhar melhor seus esforços com os interesses crescentes mostrados por outros bancos centrais em todo o mundo para a tecnologia.

O analista de equipe do Blockchain do Banco Central do Brasil, José Teodoro de Oliveira Filho, disse que a decisão de se concentrar no RTGS é devido ao fato de que ainda não há back-up do sistema. Os funcionários do banco central querem saber se o Blockchain será o sistema de back-up ideal que há muito esperaram.

Ele alegou ainda que eles querem saber se o Blockchain pode fornecer recursos como privacidade e baixos custos operacionais.

"Se você quer privacidade, você não pode ter os outros recursos, e se você quer os outros recursos, você não pode ter privacidade. Então, é isso que estamos tentando resolver agora".