Os investidores do Brasil retiraram líquidos US$ 600 mil, R$ 3,4 milhões, de fundos de criptomoedas no acumulado semanal de sexta-feira (9). O que apontou para a realização de ganhos, já que o período registrou US$ 882 milhões em entradas líquidas globais, segundo a CoinShares.

Reprodução/CoinShares

De acordo com o relatório da gestora de criptmoedas, além do Brasil, Suécia, Canadá e Hong Kong retiraram líquidos US$ 12 milhões, US$ 8 milhões e US$ 4,3 milhões respectivamente. Em direção contrária, Estados Unidos, Alemanha, Austrália e Suécia registram respectivos aportes líquidos semanais de US$ 840 milhões, US$ 44,5 milhões, US$ 10,2 milhões e US$ 200 mil. Enquanto isso, outros países totalizaram saldo positivo de US$ 12 milhões no período.

Na avaliação da CoinShares, a quarta semana consecutiva no azul dos produtos de investimento baseados em criptomoedas foi resultado de uma combinação de fatores que antecederam o acordo comercial entre Estados Unidos e China, anunciado nessa segunda-feira. Entre eles, um aumento global de oferta de moeda M2, que inclui dinheiro em espécie e outros ativos com alta liquidez, como o Bitcoin. No caso do BTC, observou a CoinShares, o benchmark cripto foi amplamente usado como hedge nas últimas semanas, pelo medo de estagflação nos EUA, além da criação de reservas estratégicas de Bitcoin.

O relatório ressaltou que o rei das criptomoedas ainda favoreceu o acumulado de US$ 62,9 bilhões em entradas líquidas em fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin, desde a aprovação da SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, em janeiro do ano passado.

Com a pressão compradora da semana passada, o total de ativos sob gestão (AuM, na sigla em inglês) chegou a US$ 169,25 bilhões. Nesse caso, o AuM dos investidores do Brasil superou US$ 1,43 bilhão e favoreceu a manutenção da sexta colocação global do país. Estados Unidos, Canadá, Suíça, Alemanha e Suécia fecharam a semana com respectivos AuM de 129,36 bilhões, US$ 6,04 bilhões, US$ 5,87 bilhões, US$ 5,74 bilhões e US$ 3,44 bilhões.

Na aferição de fundos baseada por criptoativos, o Bitcoin (BTC) representou US$ 867 milhões em entradas líquidas. Na sequência, fundos em Sui (SUI), Short Bitcoin, Ethereum (ETH), Ripple (XRP) e Cardano (ADA) responderam por respectivos saldos de US$  11,7 milhões, US$ 1,6 milhão, US$ 1,5 milhão, US$ 1,4 milhão e US$ 0,8 milhão.

Por gestora/fundos, o relatório destacou que os iShares ETFs (Bitcoin e Ethereum) da gestora BlackRock atraíram líquidos US$ 1,026 bilhão e representaram a maior pressão compradora da semana passada, quando o Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC) e os fundos da ARK 21 Shares acumularam respectivas entradas líquidas de US$ 62 milhões e US$ 46 milhões. Na direção contrária, os fundos da Grayscale e da Bitwise acumularam respectivas retiradas líquidas semanais de US$ 168 milhões e US$ 27 milhões.

Reprodução/CoinShares

Na semana anterior, os investidores nacionais retiraram R$ 1,1 milhão e se mantiveram na contramão do entusiamo global em fundos de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.