Os aportes do Brasil em fundos de criptomoedas totalizaram líquidos US$ 5,4 milhões, R$ 28,8 milhões, no acumulado semanal de sexta-feira (12). Já as entradas líquidas globais totalizaram US$ 3,3 bilhões, segundo a CoinShares.

Reprodução/CoinShares

De acordo com o relatório da gestora de criptomoedas, a alta de preços e o otimismo com a possibilidade de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed), na próxima quarta-feira (17), foram os principais catalisadores do fluxo de entrada dos fundos cripto. O que sucedeu a divulgação de dados fracos do mercado de trabalho dos Estados Unidos e recuo na Índice de Preços ao Produtor (PPI), apesar do ligeiro avanço no Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que não chegou a impactar o preço do Bitcoin (BTC).

O saldo positivo de depósitos semanais foi capitaneado pelos Estados Unidos, em US$ 3,3 bilhões. Na mesma direção, Alemanha, Canadá, Hong Kong e Austrália registraram respectivas entradas líquidas de US$ 160,2 milhões, US$ 14,1 milhões, US$ 5,4 milhões e US$ 2,4 milhões, enquanto outros países totalizaram US$ 12 milhões em aportes líquidos. Na contramão, Suíça e Suécia retiraram respectivos líquidos de US$ 92,1 milhões e US$ 5,6 milhões de produtos negociados em bolsa (ETPs, na sigla em inglês) baseados em criptomoedas.

Em relação ao total de ativos sob gestão (AuM), o Brasil avançou a US$ 1,68 bilhão e se manteve na sexta posição. Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Canadá, e Suécia também mantiveram suas posições ao encerrarem a semana com respectivos AuM de US$ 165,79 bilhões, US$ 7,92 bilhões, US$ 7,55 bilhões, US$ 7,31 bilhões e US$ 4,01 bilhões,

Pela aferição de criptoativos, os fundos em Bitcoin alcançaram US$ 2,4 bilhões em entradas líquidas semanais, em meio à recuperação dos ETPs de Ethereum (ETH), cujos aportes líquidos chegaram a US$ 645,9 milhões, e o recorde dos fundos em Solana (SOL), que alcançaram líquidos US$ 198,4 milhões no período. Na mesma direção, fundos em XRP e Sui (SUI) registraram respectivas entradas líquidas de US$ 32,5milhões e US$ 14 milhões. Em direção contrária, fundos multiativos totalizaram US$ 1,1 milhão em saídas líquidas.

O monitoramento das gestoras/fundos cripto apontou a manutenção da liderança dos fundos negociados em bolsa (ETFs) iShares (de Bitcoin e de Ethereum), da BlackRock, responsáveis por US$ 1,11 bilhão em entradas líquidas. Em seguida, o Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund avançou em líquidos US$ 850 milhões. Outros destaques em termos de entradas líquidas foram ARK 21 Shares (US$ 180 milhões), Bitwise Funds Trust (US$ 183 milhões) e Grayscale (US$ 147 milhões), enquanto outros fundos contabilizaram saldo positivo semanal de US$ 927 milhões. Pelo contrário, 21Shares AG e CoinShares XBT Provider AB registraram respectivas retiradas líquidas de US$ 94 milhões e US$ 6 milhões.

Na semana anterior, os aportes brasileiros em fundos de criptomoedas chegaram a US$ 19 milhões com os investidores de olho no Fed, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.