Por que o BTC caiu hoje? O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta segunda-feira, 15/09/2025, está cotado em R$ 618.880,98. Os touros iniciam a semana com uma leva queda de 1% após um final de semana intenso, principalmente para altcoins, com Solana e BNB registrando novas máximas históricas.

Po que o preço do BTC caiu hoje?

O primeiro fator central para a queda foi a resistência técnica em US$ 118.600, considerada um ponto crítico de retração de Fibonacci em 23,6%. O Bitcoin tentou romper essa faixa por três vezes em setembro, mas não conseguiu.

Cada rejeição minou a confiança de parte dos investidores e incentivou a realização de lucros. Com isso, o volume de negociação aumentou 36% nas últimas 24 horas, alcançando US$ 41,9 bilhões, o que confirma a pressão vendedora mais intensa.

Esse movimento técnico também foi acompanhado por sinais de enfraquecimento nos indicadores de momentum. O histograma MACD, por exemplo, virou negativo, mostrando queda para -442,41, contra +352,54 no início da semana.

Na prática, isso reforça que a tendência de alta perdeu força e que os vendedores ganharam espaço no curto prazo. Caso o preço perca o suporte de US$ 114.269, analistas projetam um possível recuo até US$ 112.933, outro nível de Fibonacci relevante.

Além do aspecto técnico, o recuo do mercado global de criptomoedas, que caiu 1,78% para US$ 4 trilhões, também pesou. Esse movimento foi impulsionado pela aversão ao risco nos mercados tradicionais, às vésperas da divulgação de dados de inflação na Alemanha e de incertezas sobre a política monetária do Federal Reserve nos Estados Unidos.

Nessas situações, os investidores tendem a reduzir a exposição a ativos mais voláteis, e o Bitcoin costuma ser diretamente impactado.

A dominância do BTC também caiu, passando de 57,7% para 57,37% em apenas uma semana. Isso mostra que parte do capital rotacionou para altcoins, que apresentaram movimentos mais fortes, tanto de queda quanto de recuperação.

A correlação do Bitcoin com o ouro e com os índices de ações também chamou atenção: enquanto o ouro recuou 0,3%, os futuros de ações caíram 0,05%, amplificando a correção nas criptomoedas.

Outro ponto importante veio do sentimento de curto prazo. Dados da CoinGlass mostram que a relação compra/venda de BTC na Binance está abaixo de 1,0 há três semanas, indicando que 60% dos traders preferiram vender.

Ao mesmo tempo, o interesse aberto em derivativos cresceu 13,6%, alcançando impressionantes US$ 1,03 trilhão. Esse aumento reflete o volume de apostas alavancadas de baixa, o que pressiona ainda mais o preço no curto prazo.

Mesmo assim, o mercado não dá sinais de pânico. O Índice de Medo e Ganância permanece em 51 pontos, uma posição considerada neutra. Isso significa que os investidores estão cautelosos, mas não completamente avessos ao risco.

O cenário mostra que a queda atual está mais relacionada a realizações técnicas e incertezas macroeconômicas, e não a um movimento de venda em massa.

A questão que fica é se o Bitcoin conseguirá defender o suporte em US$ 114.200. Caso mantenha esse patamar, há espaço para uma nova tentativa de recuperação, principalmente se os dados econômicos vindos dos Estados Unidos sinalizarem um ambiente menos restritivo. Por outro lado, uma perda desse suporte pode acelerar a correção e abrir caminho para uma queda em direção aos US$ 112.933.

Bitcoin análise macroeconômica

“Tradicionalmente, esse é um mês fraco para criptoativos e outros ativos de risco, o que levou alguns traders a reduzirem posição no início do período. Ainda assim, o desempenho positivo recente incentivou o retorno de capital ao mercado. Por ora, o sentimento entre investidores é de cautela: o posicionamento segue neutro, e as taxas de financiamento dos contratos perpétuos permanecem em patamares de dígitos médios tanto para os principais tokens quanto para grandes altcoins.” disse Fabio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase.

André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos iniciaram a semana com cautela, refletindo a ansiedade em relação aos próximos passos do Federal Reserve.

O mercado já precificou integralmente um corte de juros de 25 pontos-base, mas ainda há pouca convicção em relação a cortes mais agressivos neste momento. Ao mesmo tempo, fatores externos como o rebaixamento do rating da França, a firmeza do dólar frente ao iene e dados econômicos mistos na China, adicionam incertezas ao cenário.

De acordo com ele, as commodities permanecem estáveis, com ouro e petróleo sem grandes variações. O Bitcoin manteve-se em torno de US$ 114.000, apresentando um cenário de curto prazo neutro a levemente em queda.

Parte relevante do otimismo já está precificado, como o corte de 25 pontos-base esperado do Fed. Para que ocorra uma valorização mais expressiva, será necessário que o discurso do Federal Reserve traga sinais claros de cortes maiores ou que novos dados econômicos venham surpreendentemente fracos, reforçando a urgência por um afrouxamento monetário mais robusto. Na ausência desses gatilhos, o BTC tende a consolidar-se nesta faixa, possivelmente variando entre US$ 113.000 e US$ 117.000.

Bitcoin análise técnica

O analista da Bitunix, afirma que do ponto de vista técnico, os mapas de calor de liquidação do Bitcoin mostram um rali de preço em direção a 116.800, com grandes grupos de liquidação entre 117.000 e 118.000 formando uma importante faixa de resistência de curto prazo.

O suporte está em 114.000 e 111.000, com potencial de queda em direção à zona de liquidez de 108.500 se esses níveis forem rompidos.

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, afirma que embora um corte na taxa do Fed seja historicamente otimista, o gráfico do BTC está emitindo alertas

“A cunha ascendente quase perfeita no gráfico semanal, aliada com a divergência de baixa no RSI e MACD aumentam o risco de retração no mercado, ainda mais com a forte barreira que vem se formando em US$ 118 mil. Fique atento, uma alta no BTC com corte de juros não é nada garantido”, apontou.

Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR, aponta que há uma reversão de fundo duplo acontecendo. Segundo ele, o Bitcoin confirmou uma estrutura de fundo duplo em torno da zona de suporte de US$ 91 mil, um padrão clássico de reversão de alta. Desde então, o preço recuperou níveis-chave e agora está ganhando impulso acima da área de suporte de US$ 106 mil, tornando-se uma potencial plataforma de lançamento para a próxima fase de alta.

“Principais dados técnicos: forte suporte em US$ 106 mil (zona de reteste recente), resistência média próxima a US$ 117 mil – US$ 121 mil; meta clara de alta em direção a US$ 136 mil – US$ 144 mil , alinhando-se com o rompimento de fundo duplo projetado. Assim, desde que o BTC continua acima de US$ 106 mil , a estrutura de alta permanece intacta. Um rompimento acima de US$ 121 mil pode acelerar o momentum, abrindo caminho para uma nova máxima histórica.

Portanto, o preço do Bitcoin em 15 de setembro de 2025 é de R$ 618.880,98. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 15 de setembro de 2025, são: Monero (XMR), Story (IP) e Flare (FLR), com altas de 5%, 3% e 2% respectivamente.

Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 15 de setembro de 2025, são: Fartcoin (FARTCOIN), Dogecoin (DOGE) e Bonk (BONK), com quedas de -10%, -9,6% e -9,5% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.