Resumo da notícia:
Investidores do Brasil compram a queda do Bitcoin e de altcoins ao aportarem R$ 18,8 milhões em fundos de criptomoedas em uma semana.
Período anterior foi o mais pessimista das últimas 38 semanas e saques líquidos chegaram a US$ 4,92 bilhões.
Queda de preços faz os países recuarem no AuM.
Investidores do Brasil aportaram líquidos US$ 3,5 milhões, R$ 18,8 milhões, em fundos de criptomoedas no acumulado semanal de sexta-feira (21), segundo a CoinShares.
Pelo monitoramento da gestora de criptomoedas, o Brasil acumulou US$ 20,9 milhões mensais em aportes líquidos em produtos de investimentos negociados em bolsa (ETPs) baseados em criptomoedas. Esse período representou o terceiro mês de maior volume de saídas líquidas desde 2018, US$ 4,92 bilhões. Apesar disso, os fundos de criptomoedas acumulam US$ 44,4 bilhões em entradas líquidas em 2025.
A aferição regional mostrou que o período anterior foi o mais pessimista das últimas 38 semanas. Já o entusiasmo dos investidores do Brasil foi seguindo apenas pela Austrália, cujas entradas líquidas chegaram a US$ 2 milhões. Em direção contrária, Estados Unidos, Alemanha, Suíça, Canadá, Suécia e Hong Kong sacaram respectivos líquidos de US$ 1,68 bilhão, US$ 118,2 milhões, US$ 79,7 milhões, US$ 27,1 milhões, US$ 26,8 milhões e US$ 1,9 milhão. Enquanto isso, outros países totalizaram US$ 5,7 milhões em retiradas líquidas semanais.
Segundo a CoinShares, os números de sexta-feira apontaram indícios de mudança de sentimento de mercado, “com entradas modestas de US$ 258 milhões após sete dias consecutivos de saídas”. O que sucedeu a tentativa de reação das criptomoedas após o esvaziamento da narrativa da bolha da inteligência artificial (IA), que tomou conta dos mercados nos últimos dias.
Apesar dos aportes, a queda de preços fez o Brasil recuar a US$ 1,33 bilhão no total de ativos sob gestão (AuM), sexto maior volume global. Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Canadá, e Suécia também mantiveram suas posições ao encerrarem a semana com respectivos AuM de US$ 117,1 bilhões, US$ 5,91 bilhões, US$ 5,34 bilhões, US$ 5,05 bilhões e US$ 2,43 bilhões. Enquanto isso, outros países somaram US$ 29,45 bilhões e o AuM total encerrou a semana em US$ 167,31 bilhões.
Pela aferição voltada aos criptoativos, os fundos de Bitcoin (BTC), de Ethereum (ETH), de Solana (SOL) e de cestas multiativos representaram os maiores volumes de saídas líquidas, US$ 1,26 bilhão, US$ 589 milhões, US$ 156,2 milhões e US$ 35,9 milhões, respectivamente. Em direção oposta, fundos em XRP, short Bitcoin e Litecoin (LTC) responderam por respectivas entradas líquidas de US$ 89,3 milhões, US4 19 milhões e US$ 3,3 milhões. Enquanto isso, fundos baseados em outros criptoativos atraíram líquido US$ 1 milhão semanal.
Por fundos, iShares ETFs (Bitcoin e Ethereum), da BlackRock, totalizaram US$ 1,64 bilhão em saídas líquidas. Na mesma direção, Coinshares Digital Securities, Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund, ARK 21 Shares, 21Shares AG e ProShares ETFs registraram respectivas saídas líquidas semanais de US$ 148 milhões, US$ 116 milhões, US$ 85 milhões, US$ 82 milhões e US$ 46 milhões. Pelo contrário, Grayscale e Bitwise Funds Trust atraíram respectivas entradas líquidas de US$ 114 milhões e US4 5 milhões, enquanto outros fundos atraíram líquidos US$ 62 milhões.
No período anterior, os investidores nacionais aportaram R$ 12,7 milhões em semana de forte saída de fundos de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.