O Brasil deve receber mais de R$ 35 bilhões em investimento privado para impulsionar o uso e implantação do 5G no país, segundo revelou a Febraban, por meio de sua plataforma noomis em 06 de dezembro. O valor inclui novas fábricas, criação de linhas de equipamentos e expansão de redes de fibra ótica para a nova geração de telefonia.

O 5G não é apenas uma forma mais rápida de conectividade mas uma verdadeira revolução na internet como apontam especialistas e, devido a sua baixa latência, deve 'inaugurar' aplicações voltadas para Internet das Coisas, muitas delas baseadas em blockchain para compartilhamento de dados, micro e nano pagamentos, entre outros.

Como revela a Anatel, o leilão de faixas de frequência do 5G deve acontecer no segundo semestre de 2020, mas a operação deve começar somente em 2021. No entanto, para viabilizar as iniciativas e a própria rede 5G, as empresas já começaram a anunciar investimentos no Brasil.

A Ericsson após reunião com Jair Bolsonaro, anunciou que ampliará a fábrica em São José dos Campos (SP), com investimento de R$ 1 bilhão. Já a chinesa Huawei também tem planos para uma nova fábrica de montagem de celulares, além da existente em Sorocaba (SP). O investimento deve chegar a US$ 800 milhões (hoje R$ 3,4 bilhões)

O CEO da Huawei no Brasil, Wei Yao, também se reuniu recentemente com o governo federal e demonstrou interesse no 5G no país, como empresa fornecedora de equipamentos para operadoras que devem participar do leilão. 

A finlandesa Nokia, que também concorre nesse setor, não divulga dados de investimento por país. Mas, no ano passado, investiu 4,6 bilhões de euros -cerca de 20% de sua receita- de forma global, em pesquisa e desenvolvimento.

Do lado das operadoras, os investimentos se expandem em infraestrutura, como instalação de redes de fibra óptica para atender também a tecnologia 5G e permitir o tráfego de dados em alta velocidade. Claro, Vivo, Oi e TIM devem, juntas, investir em torno de R$ 30 bilhões nos próximos anos, segundo as companhias e representantes do setor. Parte dos investimentos também foi confirmada pelos executivos das operadoras ao jornal O Globo.

Como noticiou recentemente o Cointelegraph, a Algar, nova operadora de telecomunicações do Brasil, está realizando testes de conectividade na nova rede 5G, em Uberlândia, Minas Gerais, junto com a Huawei, gigante chinesa de tecnologia. A nova empresa, já tem uma licença da Anatel para operar no país em caráter de testes.

"Durante os testes a empresa atingiu velocidade de 1,05 Gb/s no download e 114 Mb/s no upload. Além da Huawei, os testes da empresa reunião em Minas a Universidade Federal de Uberlândia (UFU).  Com a frequência de 3,5 GHz, foi possível atingir latência na casa de 6 ms, contra 15 ms no LTE Advanced (conhecido como 4,5G) em boas condições. A rede foi avaliada no smartphone Huawei Mate 20 X 5G e em um headset de realidade virtual", destacou a Algar.

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