O vice-presidente sênior de operações globais da Ripple, Eric can Miltenburg, revelou que o Brasil já é responsável por 30% das operações da empresa no mundo. A notícia é da Época Negócios.
Segundo van Miltenburg, o Brasil corresponde a uma partia significativa das operações globais da Ripple, desbancando os Estados Unidos e países da Europa. Sobre a importância do país para a Ripple, ele explica:
"Uma medida que usamos é a quantidade de transferências, sem considerar o total de dinheiro entrando ou saindo. Por esse critério, o Brasil representa 30% de todas transações da Ripple."
Ele ainda diz que a vantagem competitiva da Ripple é bem maior em "corredores mais exóticos", como Brasil e Tailândia, do que nos EUA e na Zona do Euro. Mas também diz que "todo país" é interessante à iniciativa da empresa:
"Podemos melhorar o fluxo de pagamentos entre os Estados Unidos e a Zona do Euro? Certamente. Mas nossa vantagem competitiva é bem maior em corredores mais exóticos, como entre Brasil e Tailândia. Portanto, nossos principais mercados são evidentemente fortes, mas não são as principais economias. É um pouco contra intuitivo."
A Ripple também incluiu o Brasil em suas sedes mundiais em 2019, abrindo um escritório de operações no país em junho. Segundo ele, a experiência do escritório, com viagens exporádicas do executivo ao país para se reunir com o diretor-geral da Ripple para o Brasil e a América do Sul, Luiz Antonio Sacco, "funcionou até agora", tornando mais fácil o relacionamento da empresa com o país e a compreensão de necessidades e desafios.
"Outro ganho de abrir um escritório no Brasil, esse para a Ripple, é aprender com as boas ideias do país e aplicar no resto do mundo."
Ele diz ainda que novas oportunidades de negócios devem ser desbloqueadas a partir da adoção de novas tecnologias para transações globais, incluindo o XRP, levando serviços financeiros para os não bancarizados e otimizando o tempo de processamento de pagamentos e transferências pelo mundo.
Finalmente, o executivo da Ripple deu sua opinião sobre o Libra, a criptomoeda do Facebook, que enfrenta uma série de sabatinas nos Estados Unidos e desconfiança dos órgãos reguladores:
"Acho o documento de proposição da Libra bem interessante. Em vários sentidos, corrobora o que nós estamos fazendo e pesquisando há quatro anos: os benefícios de usar recursos digitais para dar eficiência a pagamentos. Em especial, pagamentos internacionais. É justamente a nossa especialidade. Mas nós estamos trabalhando, nós somos realidade, eles não."
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