O vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, usou as redes sociais para espalhar uma informação falsa sobre ação do Governo Federal que envolveria o Bitcoin - a publicação, no Twitter, foi feita em 10 de julho.
Na postagem, o vereador diz que o governo de seu pai teria bloqueado o envio de "dezenas de milhões de reais em Bitcoins para índios no RJ". A informação, entretanto, é equivocada.
A ação a que Carlos Bolsonaro se refere foi adotada pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e não tem nada a ver com o Bitcoin.
Alves, assim que assumiu o ministério, suspendeu um contrato de R$44,9 milhões celebrado entre a FUNAI e a Universidade Federal Fluminense (UFF), que previa diversas ações, entre elas a criação de uma criptomoeda destinada aos índios.
Entretanto em nenhum momento o projeto ou seu escopo previa a utilização do BTC ou mesmo o recebimento de recursos por meio da criptomoeda.
Os membros da família Bolsonaro costumam dar sinais de pouco conhecimento sobre o assunto, chamando qualquer coisa relacionada às criptomoedas de Bitcoin.
Como já mostrou o Cointelegraph, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, por exemplo, foi até a rede pública de televisão afirmar que "embora não soubesse o que era Bitcoin, a ação da ministra Damares em bloquear Bitcoins para os índios era correta".
Assim como na publicação do seu filho Carlos, Jair usou equivocadamente o Bitcoin como sinônimo para qualquer cripto - posição que ele repetiu em postagem no Twitter.
Apesar dos deslizes, as discussões sobre criptomoedas e blockchain têm ganhado espaço no governo Bolsonaro. Como reportado no último dia 10, o Congresso Nacional já possui até uma "frente" de defesa de assuntos ligados à novas tecnologias.
Além disso, foi divulgado recentemente que pretendentes a cargos no Itamaraty deverão comprovar conhecimento na tecnologia blockchain durante o concurso.