A fintech de tokenização de ativos, que usa o blockchain do Ethereum e é fundada por brasileiros mas com sede na Suíça e base operaciona na Estônia, SPPYNS, anunciou em 17 de fevereiro, que consegui aprovação da Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro Suiço (FINMA), regulador equivalente a Comissão de Valores Mobiliários no Brasil), CVM.

Segundo o comunicado com essa licença é concedida às empresas cujos processos de KYC e AML, "conheça seu cliente" e de "prevenção à lavagem de dinheiro", estão em consonância com a legislação. Com isso, a SPPYNS passa a ser oficialmente uma fintech suíça e uma das primeiras empresas fundadas por brasileiros a obter a certificação. Este tipo de licença é optativo para empresas do ramo de atividade da SPPYNS, mas a empresa priorizou sua obtenção para atestar ao mercado a lisura de seus processos.

"Queremos mostrar ao mercado que atuamos com a transparência necessária para ter nossa atuação reconhecida globalmente. Para isso, nada melhor que a chancela de um órgão regulador de competência reconhecida, como é o caso da FINMA", explica o general manager, Rodrigo Csizmar Borges. 

Fundada por brasileiros, a SPPYNS migrou para a Suíça em busca de um ambiente regulatório com regras definidas para empresas que atuam nos polos Blockchain e cripto. A fintech atua em duas frentes de negócios. A primeira, CAS (Crypto Asset Strategies), é um marketplace que conecta gestores de criptoativos a investidores.

A plataforma TAS (Tokenized Asset Strategies), por sua vez, A plataforma TAS insere o SPPYNS no conceito mais recente e disruptivo da criptoeconomia, que é a tokenização de ativos. Esse processo permite que instituições e indivíduos em todo o mundo possam investir em diferentes tipos de ativos de forma menos burocrática e mais segura e também sem intermediários, como no sistema financeiro tradicional.

"Acreditamos na descentralização e democratização acesso ao investimento. A SPPYNS conta com a mais recente tecnologia e a KYC (conheça seu cliente) e mecanismos de AML (lavagem de dinheiro) para fornecer segurança ao investidor que sonha em expandir fronteiras para diversificar seu portfólio ", explicou o general manager.

FINMA da Suiça e CVM do Brasil

Em julho de 2018, a CVM do Brasil assinou um  Memorando de Entendimento (MoU) com a FINMA para incentivar o setor dentro do Brasil e realizar a troca de experiências entre as autoridades, “A cooperação cada vez melhor entre as autoridades facilitará a entrada de inovadores financeiros e sua prestação de serviços financeiros inovadores em suas respectivas jurisdições”, diz o documento.

A parceria também prevê o desenvolvimento de “questões regulamentares e políticas sobre inovação nos serviços financeiros; tendências emergentes do mercado e desenvolvimentos relativos à inovação nos serviços financeiros; iniciativas de educação e orientação com foco em empreendedores e desenvolvedores de tecnologia em relação aos aspectos regulatórios dos serviços financeiros e produtos com potencial para impactar o mercado; acompanhamento do desenvolvimento de novos usos das tecnologias no setor financeiro; estabelecer um canal de comunicação direta com o setor; promover discussões, análises e pesquisas em assuntos pertinentes à fintech, entre outras”.

Empresas de olho em criptomoedas e blockchain

Como noticiou o Cointelegraph, empresas brasileiras estão cada vez mais de olho nas oportunidades do ecossistema Cripto/blockhain e, recentemente, seguindo as regras da CVM, a distribuidora de valores nacional, Vitreo anunciou uma parceria com a corretora Avenue Securities para permitir que investidores nacionais possam ter acesso a qualquer ação ou ativo negociado nas bolsas de valores americanas, como Nasdaq e bolsa de valores de Nova York e, com isso também permitirá o investimento direto no "Bitcoin Futuro" da Bakkt, ou CME.

A parceria entre a Vitreo e a Avenue vai permitir o investimento nas bolsas americanas (o que já é possível hoje) mas com mais facilidade e rapidez, já que as empresas usaram um sistema baseado em blockchain que fará a remessa e conciliação dos valores para que eles possam ser disponibilizados no exterior para o cliente poder investir.

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