A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta terça-feira, 10/09/204, em R$ 319.056,83. André Franco, especialista do MB Research do Mercado Bitcoin, destaca que nos dados on-chain tivemos a redução de 3 mil Bitcoins na posição dos investidores de longo prazo (LTH).

No Ethereum, segundo Franco, tivemos a saída de 15 mil ETH do staking. Nos ETFs de Bitcoins foram 28,6 milhões de dólares de entrada. Nos ETFs de ether tivemos a saída de 5,2 milhões de dólares.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que apesar da queda dos mercados asiáticos com um desempenho econômico mais fraco da China, o ocidente não viu grandes problemas em abrir a semana com o apetite ao risco aparentemente renovado. Isso ajudou não só a manter um movimento positivo das ações tradicionais, mas tirou um pouco o Bitcoin daquela fraqueza que vimos ao longo da última semana.

"Este movimento mais 'agressivo' não é tão surpresa, já que esta semana saem os dados da inflação ao consumidor nos Estados Unidos. Assim, alguns investidores já preferem fazer suas apostas e, com isso, antecipar possíveis oscilações de preços. Mas, claro, que aquela incerteza sobre como isso pode repercutir na decisão do FED sobre os juros ainda vai persistir por mais algum tempo", disse.

Segundo ele, quando a gente olha para os dados on-chain, as baleias até reduziram seu ímpeto de compra no curto prazo. Porém, considerando os últimos meses, o comportamento foi, sim, de abraçar o mergulho. No total, esse grupo detém mais de 20% de todo o suprimento de BTC no mercado. Este valor é ainda maior, se comparado aos 9% presentes nas carteiras dos mineradores.

"É neste tipo de situação, com o apoio do varejo e do investidor institucional, que os choques entre ofertas e demandas começam a se desenhar. Mas depende do comportamento de cada uma das partes para determinar qual lado vai se sobressair neste momento de mercado", disse.

Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, destaca que o BTC continua respeitando uma zona importante de Fibonacci. "Se analisarmos a pernada de alta que se inicia em 2023 até o início do ano deste ano, notamos uma onda que começou no fundo, em US$ 25 mil até atingir a máxima histórica registrada em março, de US$ 73.755",disse.

"E, por algumas vezes, o mercado já testou essa zona e os players tendem a rejeitar o preço abaixo dessa zona de Fibonacci e jogar o preço pra cima. Outro ponto importante é que a maioria dos traders não estão percebendo que em 2023 tivemos também uma grande fase de acumulação. O preço ficou andando na zona entre US$ 25 mil a US$ 32 mil durante 27 semanas até o mercado romper essa resistência dos US$ 32 mil e fazer a pernada de alta, atingindo a máxima histórica", apontou.

Miranda afirma que o mercado está com 25 semanas de acumulação e agora há a possibilidade de um corte na taxa de juros no mês de setembro, que deve acontecer agora na segunda quinzena do mês.

Além disso, segundo ele, o mês de outubro e novembro tendem a ser positivos para o mercado cripto, então, o mercado, por mais que esteja em níveis de tensão e medo muito alto, a gente começa a perceber que também há oportunidades para os próximos meses.

"Acredito que, qualquer grande baixa no Bitcoin nas próximas semanas será uma oportunidade para que o investidor possa acumular mais. Talvez seja a última fase de acumulação pra fazer a sua pernada de alta tradicional que acontece em todos os ciclos pós Halving" finaliza.

Portanto, o preço do Bitcoin em 10 de setembro de 2024 é de R$ 319.056,83. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0031 BTC e R$ 1 compram 0,0000031 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 10 de setembro de 2024, são: Artificial Superintelligence Alliance (FET), Mantra (OM) e Fanton (FTM) com altas de 13%, 12% e 11% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 10 de setembro de 2024, são: Helium (HNT), Starknet (STRX) e Maker (MKR) com quedas de -3%, -2,6% e -2% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão