Por que o preço do Bitcoin subiu 1% e voltou para US$ 112 mil? O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta sexta-feira, 05/09/2025, está cotado em R$ 611.856,46.

Os touros conseguiram segurar o suporte e isso ajudou a impulsionar a alta de 1% levando o ativo novamente a US$ 112 mil

Por que o preço do Bitcoin subiu hoje?

O avanço, no entanto, ainda mantém a moeda 1,65% abaixo de sua média de 30 dias, mas indica que fatores regulatórios e técnicos estão influenciando diretamente a confiança dos investidores.

De acordo com Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, um dos principais elementos que explicam a valorização do Bitcoin é a maior clareza regulatória.

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) apresentou o chamado “Project Crypto”, iniciativa que busca modernizar regras para ativos digitais, incluindo temas sensíveis como custódia e integração com o mercado de finanças descentralizadas.

Esse movimento marca uma mudança de postura, saindo de uma abordagem marcada pela aplicação punitiva de sanções para a criação de diretrizes estruturadas, o que reduz a percepção de risco sistêmico.

Paralelamente, a Coreia do Sul anunciou a criação de uma força-tarefa dedicada aos ativos virtuais, com foco específico na regulamentação de stablecoins. Esse passo, segundo analistas, pode fortalecer o papel do Bitcoin como reserva de valor, já que a estabilidade de moedas digitais reguladas tende a aumentar a confiança no setor como um todo.

As decisões finais, previstas para o quarto trimestre de 2025, devem definir a elegibilidade de emissores de stablecoins e regras de custódia nos EUA, fatores que podem acelerar ainda mais a entrada de capital institucional no mercado.

Outro fator relevante vem da expansão da custódia institucional. Empresas como Anchorage Digital e Galaxy Digital já somam mais de US$ 145 bilhões sob custódia em Bitcoin, concentrados em ETFs e tesourarias corporativas.

Apesar desse avanço, dados de agosto mostram saídas de US$ 1,5 bilhão de fundos de índice, sinal de realização de lucros por parte de grandes investidores. Isso cria um equilíbrio entre a acumulação de longo prazo e as pressões de venda de curto prazo.

Do ponto de vista técnico, o Bitcoin recuperou a média móvel simples de 7 dias, localizada em US$ 109.765, e manteve-se acima do suporte em US$ 110.760.

O índice de força relativa (RSI) permanece neutro em 44,66, mas divergências no MACD apontam para o enfraquecimento do momento vendedor. A resistência mais imediata, contudo, aparece na média móvel de 30 dias, em US$ 114.450, além do nível de retração de Fibonacci em US$ 115.864. Sem aumento no volume de negociação, esse patamar pode limitar os ganhos.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos acompanharam a alta de Wall Street, impulsionada pela expectativa de corte de juros nos Estados Unidos.

Os rendimentos dos Treasuries recuaram para as mínimas de quatro meses e o dólar cedeu levemente após dados indicarem desaquecimento no mercado de trabalho americano. O S&P 500 e o Nasdaq renovaram recordes, enquanto o ouro manteve-se próximo de sua máxima histórica e o petróleo recuou, em meio à expectativa pela reunião da OPEP+ sobre possíveis aumentos na produção.

Já o Bitcoin, cotado em aproximadamente US$ 111.310, mantém perspectiva de curto prazo positiva. A combinação do enfraquecimento do dólar, da queda nos yields e da alta generalizada nos mercados acionários cria um ambiente extremamente favorável ao apetite por risco — no qual o BTC tende a se destacar.

De acordo com ele, a estabilidade do ouro reforça o contexto de liquidez abundante. Caso os dados de emprego nos EUA confirmem a moderação já antecipada pelo mercado, o BTC pode ganhar novo impulso e avançar em direção à faixa de US$ 113.000–115.000.

Bitcoin análise técnica

Segundo dados compilados pelo BRN Daily View, todos os olhos estão voltados para o relatório de payroll não agrícola, que será divulgado nesta sexta-feira. As projeções apontam para a criação de 75 mil vagas, com a taxa de desemprego subindo para 4,3%, o maior nível desde 2022. O resultado pode ser decisivo para a reunião do Federal Reserve em setembro.

“Se o dado vier fraco, a expectativa de corte de juros de 25 pontos básicos fica praticamente garantida. Isso tende a enfraquecer o dólar, reduzir os rendimentos dos Treasuries e favorecer ativos de risco, como o Bitcoin”, explicou Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN.

Do lado técnico, o analista indica que o Bitcoin mostra resiliência ao cair apenas 12% desde a máxima histórica, metade da profundidade de correções médias dos últimos ciclos de 18 meses.

O Ethereum, por sua vez, enfrenta pressão de curto prazo, mas conta com fatores estruturais positivos: os saldos em corretoras estão no menor nível em três anos, enquanto quase 1 milhão de ETH aguardam entrada em staking.

“O mercado está em compasso de espera. O payroll deve ditar o rumo imediato. Até lá, a ordem é liquidez e cautela”, concluiu Misir.

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, afirma que os fluxos de stablecoins estão aumentando. O All Stablecoin Netflow da CryptoQuant mostra um aumento acentuado nos depósitos em corretoras.

Ele afirma que historicamente, grandes entradas de USDT/USDC antes de eventos macroeconômicos têm atuado como reserva, pronta para ser aplicada em BTC e ETH.

Desta vez não é diferente — o capital está em espera para comprar na queda ou perseguir o momentum no momento em que os números caírem. O Open Interest está subindo. O Open Interest do Bitcoin em corretoras está pairando perto de máximas históricas acima de US$ 40 bilhões, mesmo com o preço se consolidando em torno de US$ 112 mil. Isso sinaliza que os traders estão se posicionando agressivamente, não recuando. Altos fluxos de investimento combinados com entradas de stablecoins frequentemente precedem movimentos explosivos.

Além disso, ele afirma que ventos favoráveis ​​macroeconômicos se alinham com a força on-chain. Com as probabilidades de corte de juros do Fed em 97%, até mesmo um gráfico neutro de empregos pode ser suficiente para liberar a liquidez depositada nas corretoras.

Um relatório fraco turbinaria o caso: cortes de juros, fraqueza do dólar e fluxos de risco beneficiando diretamente o BTC e o ETH.

A configuração é simples: o capital está pronto, a alavancagem está acumulada e as condições macroeconômicas estão se inclinando para a alta. Os dados on-chain não mostram apenas posicionamento passivo — eles revelam a intenção. E, neste momento, a intenção é clara: o mercado quer impulsionar as criptomoedas para cima. Com a queda do NFP, espere volatilidade. Mas, além do ruído, a mensagem estrutural é de alta: as stablecoins estão à espera, o interesse aberto está elevado e a liquidez está pronta para dar início à próxima fase de alta.

Portanto, o preço do Bitcoin em 05 de setembro de 2025 é de R$ 611.856,46. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 05 de setembro de 2025, são: MemeCore (M), Pump.fun (PUMP) e Mantle (MNT) com altas de 40%, 9% e 5% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 05 de setembro de 2025, são: Ethena (ENA), Aave (AAVE) e Vaulta (A), com quedas de -5%, -4% e -3% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.