O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quarta-feira, 23/07/2025, está cotado em R$ 659.961,94. O BTC continua em seu movimento lateral preso entre US$ 118 e US$ 119 mil, abrindo espaço para alta nas altcoins, como o BNB que subiu mais de 4% hoje chegando a US$ 792, muito perto do nível psicológico de US$ 800 que se rompido pode levar o ativo para US$ 1 mil.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos se valorizaram após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar um acordo com o Japão que reduz tarifas sobre automóveis para 15% — aliviando temores globais ligados à guerra comercial.

O índice Nikkei subiu 2,6%, com ações de montadoras registrando ganhos expressivos. Wall Street teve desempenho misto: futuros acionários reagiram positivamente ao acordo, ainda que balanços recentes tenham mostrado impacto de tarifas em margens corporativas, como no caso da GM.

O dólar ficou estável enquanto os juros dos Treasuries recuaram levemente. Apesar disso, o Bitcoin se aproveitou do otimismo gerado pelo acordo com o Japão e foi brevemente negociado próximo dos US$ 120.000.

A perspectiva de curto prazo para o ativo é positiva, já que o acordo reduz incertezas comerciais e favorece o sentimento geral de risco, criando fluxo para ativos como cripto. A liquidez continuada e a melhora nas perspectivas macroeconômicas podem estimular novas entradas, embora o bitcoin ainda esteja sujeito à volatilidade vinculada a futuros discursos do FED e balanços corporativos”, disse

Além disso, nos últimos dias, o comportamento dos fluxos de ETF reforça essa mudança. O Bitcoin registrou saídas de US$ 68 milhões pela segunda sessão consecutiva, enquanto o Ethereum viu entradas de US$ 534 milhões, sinalizando uma forte retomada do interesse institucional. A Solana também avançou, com US$ 12 milhões em aportes e desempenho acima da média entre as altcoins.

Ainda assim, o impacto no preço segue contido. Mesmo com a compra de US$ 50 milhões em ETH pela Sharplink — maior aquisição da empresa até hoje — o preço do Ethereum se manteve praticamente estável, recuando 0,05% para US$ 3.675. A Solana subiu 0,5%, cotada a US$ 199,50, enquanto o Bitcoin registrou leve alta de 0,35%, para US$ 118.400. O valor total de mercado global cresceu apenas 0,16%, alcançando US$ 3,93 trilhões.

Para Valentin Fournier, analista-chefe da BRN., esse desacoplamento entre a demanda institucional e a reação dos preços indica uma possível correção de curto prazo. “Há um descompasso claro. Grandes compras não estão mais impactando os preços como antes. O mercado parece entrar em um período de resfriamento”, avalia.

Apesar da perspectiva positiva para o longo prazo, especialmente com a expansão dos ETFs e o envolvimento crescente de instituições, a BRN adotou uma postura mais cautelosa nas últimas semanas. A gestora mantém 40% do portfólio em caixa, reservando liquidez para aproveitar possíveis recuos.

“É hora de paciência e seletividade. Continuamos otimistas com o fim de ano, mas preferimos ter flexibilidade neste momento de transição”, completa Fournier.

A composição atual da carteira da BRN reflete essa estratégia: 35% em Bitcoin, 20% em Ethereum devido à força institucional, 5% em Solana pela rotação altista, e o restante em caixa. O mercado, ao que tudo indica, está se reposicionando, esperando por um novo catalisador — e a aprovação de ETFs multiactivos pode ser o prenúncio de uma nova fase para as criptomoedas.

Bitcoin análise técnica

Para o curto prazo, Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, afirma que o Bitcoin precisa romper e fechar acima de US$ 120 mil se quiser sair desta lateralização, do contrário, a tendência pode inverter nas próximas semanas.

Ele indica que o Índice de Força Relativa (RSI) no gráfico diário marca 65, ainda abaixo dos níveis de sobrecompra de 70, indicando momentum de alta. O indicador de Convergência e Divergência das Médias Móveis (MACD) se contrapõe, indicando indecisão entre os traders. Para que o momentum de alta se sustente, o MACD precisa cruzar para um sinal de alta.

“Se o BTC cair abaixo do limite inferior de consolidação em US$ 116.000 diariamente, ele poderá estender o declínio para testar novamente a Média Móvel Exponencial (MME) de 50 dias em US$ 110.989”, disse.

Analisando um gráfico da CryptoQuant, Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, aponta que a parcela de moedas ativas nos últimos 180 dias (%SupplyActive) aumentou acentuadamente duas vezes em ciclos macroeconômicos anteriores: primeiro para 20%, quando o BTC atingiu US$ 70.000 na primavera de 2024, e depois, em dezembro de 2024, para 18%, após a primeira quebra da marca psicológica de US$ 100.000. Isso refletiu a saída de moedas adormecidas do estoque e sua redistribuição para o mercado.

Ele também destaca que em junho de 2025, no nível de US$ 100.000, a atividade de oferta começou a aumentar e, até o momento, passou de território negativo para +2,4% em 30 dias. Esse aumento indica que os detentores iniciaram a distribuição; o atraso da variação de 30 dias em comparação com os picos anteriores aponta para o estágio inicial do ciclo macroeconômico e a presença de um "amortecedor" para novas altas sem picos de distribuição perigosos.

Essencialmente, uma parcela significativa dos detentores ainda não está pronta para vender, e a oferta está apenas começando a despertar no início do novo rali. Quando o preço se consolidar e continuar a subir acima de US$ 120.000, veremos o %SupplyActive de 30 dias aumentar gradualmente, primeiro para a faixa de 8–10%, depois de volta para as máximas de 18–20%, após o que observaremos a distribuição final.

Diante desta perspectiva de alta nas altcoins, Jamie Elkaleh, Diretor de Marketing da Bitget Wallet, afirma que além de Ethereum e Solana, Sui se destaca como um ecossistema de altcoins com significativo potencial de valorização.

Segundo ele, enquanto muitas Layer 1 lutam por relevância em meio à dominância de ETH e SOL, a arquitetura orientada a objetos de Sui oferece um claro diferencial. Essa base técnica suporta aplicações DeFi e jogos de alto rendimento, atraindo a atenção de desenvolvedores e aumentando sua base de usuários. Em termos de entradas de capital, Sui registrou US$ 50 milhões no acumulado do ano, superando até mesmo Solana em certas métricas de crescimento.

Seu crescente Valor Total Bloqueado (TVL) e parcerias estratégicas sinalizam um impulso crescente do ecossistema. Aliado ao foco em ferramentas amigáveis ao desenvolvedor e custos de transação ultrabaixos, Sui está bem posicionado para conquistar participação de mercado entre usuários e desenvolvedores que buscam alternativas às plataformas Layer 1 existentes. Embora o espaço da Camada 1 continue competitivo, o crescimento fundamental da Sui sugere que ela pode emergir como a próxima concorrente séria no segmento de altcoins”, afirmou

Portanto, o preço do Bitcoin em 23 de julho de 2025 é de R$ 659.961,94. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0015 BTC e R$ 1 compram 0,0000015 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 23 de julho de 2025, são: Flare (FLR), Pudgy Penguins (PENGU) e Worldcoin (WLD), com altas de 23%, 18% e 6% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 23 de julho de 2025, são: Ethena (ENA), Jupiter (JUP) e Pi Network (PI), com quedas de -6%, -5% e -4% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.