O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quarta-feira, 16/07/2025, está cotado em R$ 663.921,28. Os touros estão em busca de romper US$ 120 mil e transformar ele como novo suporte para tentar um movimento até US$ 130 mil.
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos recuaram após os dados de inflação (CPI) dos EUA em junho registrarem alta de 0,3%, acima das expectativas, marcando o maior avanço mensal desde janeiro.
O dado reduziu as apostas de corte de juros pelo Federal Reserve, pressionando os mercados acionários e fortalecendo o dólar. Os rendimentos dos Treasuries subiram para o maior nível em um mês, enquanto o ouro avançou e o petróleo permaneceu estável.
Esse cenário reforçou a aversão ao risco global, mas não foi suficiente para derrubar o Bitcoin, que, embora tenha recuado de suas máximas acima de US$ 122.000, manteve-se estável em torno de US$ 117.700.
O ativo continua resiliente, sustentado por forte entrada em ETFs, ambiente de liquidez elevada e otimismo regulatório. A expectativa de curto prazo ainda é neutra a levemente positiva, apesar da inflação acima do esperado nos EUA e dos obstáculos iniciais na “Crypto Week” no Congresso, o sentimento de mercado segue construtivo com a região dos US$ 117.000 se mostrado um suporte técnico relevante para o momento”, disse.
O diretor de negócios do MB, Thiago Fagundes, destaca que o Bitcoin está em um ciclo de altas consecutivas, um padrão histórico que, frequentemente, é seguido por períodos de estabilidade, que costumam durar em torno de 230 dias.
“Recentemente, a criptomoeda superou também sua máxima histórica em reais, alcançando R$ 681.000 na madrugada de 14 de julho, em comparação à ATH anterior de R$ 669.000, registrada em 17 de dezembro de 2024”, disse
Segundo ele, esse movimento ascendente em dólares reflete o crescente otimismo no mercado. O aumento na participação institucional e a expectativa em relação a desenvolvimentos regulatórios nos Estados Unidos têm contribuído para essa valorização.
“Os investidores devem observar que, embora o Bitcoin esteja em um momento positivo, a volatilidade típica do setor pode trazer correções. A manutenção dessa tendência de alta dependerá, em grande parte, da capacidade do ativo de romper resistências e a resposta do mercado a fatores econômicos globais”, apontou.
Nova máxima histórica em breve
Se o BTC romper com US$ 120 mil, os touros abrem caminho para superar a atual ATH, próximo de US$ 123 mil e seguir no rumo para um teste em US$ 130 mil.
De acordo com Shawn Young, Analista-Chefe da MEXC Research, esse rali histórico está sendo impulsionado por uma combinação de força técnica e uma grande mudança nas expectativas macroeconômicas.
Além disso, ele aponta que o anúncio inesperado da renúncia do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, remodelou drasticamente o sentimento do mercado, alimentando a especulação de que um ciclo de cortes de juros mais rápido e profundo é iminente.
“Acreditamos que o forte desempenho do BTC provavelmente continuará ao longo de julho. À medida que a liquidez em dólar se expande, espera-se que o capital flua de forma mais ampla para o mercado cripto, abrindo caminho para um rompimento há muito aguardado nas altcoins.”, disse.
Israel Buzaym, country manager da Bybit, também aponta que o movimento de alta é impulsionado pelo forte fluxo institucional, com mais de US$ 2 bilhões em entradas recentes, e pela busca global por ativos de proteção diante da tensão geopolítica e das novas tarifas comerciais dos EUA.
“Os indicadores on-chain seguem positivos. A volatilidade permanece comprimida, sugerindo espaço para novos rompimentos. Os principais níveis de atenção são as resistências em US$ 127.100 e US$ 130.000 e os suportes em US$ 118.900 e US$ 115.000.Embora o cenário estrutural continue otimista, o aumento do sentimento de ganância e o risco de liquidações exigem cautela.”, afirmou.
Guilherme Sacamone Ferreira, CEO da OKX Brasil, aponta que o mais impressionante é que essa alta está acontecendo sem participação relevante do varejo.
Isso indica que o movimento atual é impulsionado por uma demanda estrutural — vinda de instituições, discussões sobre reservas soberanas e da percepção crescente de que escassez monetária importa. O Bitcoin não é uma aposta no fluxo de caixa futuro de uma empresa. É uma aposta de que o mundo está despertando para as falhas do sistema financeiro atual.”, afirma.
Guilherme Fais, Head de Finanças da NovaDAX, afirma que um dos principais destaques desta semana será a Crypto Week no Congresso dos EUA, considerada o principal catalisador da alta recente, com foco em regras para stablecoins e definição de competências entre SEC e CFTC.
Além disso, os ETFs estão absorvendo cerca de 8.200 BTC por dia, enquanto a emissão diária é de apenas 450 BTC.
“Grandes empresas também estão alocando BTC em suas reservas. Isso, somado ao contexto geopolítico, pressiona a demanda por ativos alternativos. O rompimento da resistência em US$ 121.920 abriu caminho para o próximo alvo em US$ 125.000. O sentimento de mercado segue otimista, com o BTC mantendo dominância de 64%.”, afirma.
Bitcoin análise técnica
Segundo Valentin Fournier, analista-chefe da BRN, o Bitcoin ainda não atingiu o topo de seu ciclo, mas o momento pertence às altcoins:
“O BTC tem espaço para subir, mas no curto prazo, deixamos que as altcoins conduzam o rali. Ethereum e outros projetos de qualidade devem liderar essa rotação.”
No posicionamento de carteira da BRN, a estratégia segue com 65% em Bitcoin, 20% em Ethereum, 5% em Solana e 10% em caixa, priorizando flexibilidade e exposição a ativos com alto beta.
A leitura do mercado é clara: com dados macroeconômicos sob controle, influxo institucional ativo e altcoins recuperando protagonismo, o segundo semestre pode marcar uma nova fase de expansão no universo cripto — com Ethereum liderando a próxima etapa do ciclo”, disse.
Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, destaca que as reservas de Bitcoin nas exchanges caíram para o mais baixo desde que o BTC era cotado em US$ 15.000.
“Aliado a este ponto os investidores de varejo estão comprando mais Bitcoin do que os mineradores podem produzir. Investidores com até 10 BTC, estão comprando cerca de 19.300 BTC por mês, enquanto os mineradores produzem apenas 13.400. Essa crise silenciosa de oferta está impulsionando a corrida do Bitcoin para novos ATHs. Um choque de oferta está muito próximo agora!”, disse.
Portanto, o preço do Bitcoin em 16 de julho de 2025 é de R$ 663.921,28. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0015 BTC e R$ 1 compram 0,0000015 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 16 de julho de 2025, são: SPX6900 (SPX), Bonk (BONK) e Pump.fun (PUMP), com altas de 24%, 16% e 15% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 16 de julho de 2025, são: LEO Token (LEO), WhiteBIT Coin (WBT) e Fartcoin (FARTCOIN), com quedas de -2,5%, -1,7% e -1,6% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão