O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quinta-feira, 26/06/2025, está cotado em R$ 597.366,49. Os touros esbarraram na resistência de US$ 108 mil o que pode jogar uma pressão com a realização de lucros e devolver o BTC para US$ 105 mil.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, aponta que os mercados globais, especialmente os asiáticos, iniciam o dia de forma contida, pois o otimismo inicial gerado pelo cessar-fogo entre Israel e Irã foi equilibrado pelas incertezas em torno das políticas fiscais, econômicas e monetárias dos Estados Unidos.

O dólar recuou para seu nível mais baixo desde março de 2022, após rumores de que o presidente Donald Trump pretende anunciar, até outubro, o sucessor de Jerome Powell para presidência do Federal Reserve.

A possibilidade levantou novamente preocupações sobre a independência do banco central e a credibilidade da política monetária americana. O euro e o franco suíço atingiram máximas plurianuais, o iene japonês se valorizou, enquanto os preços do petróleo permaneceram estáveis.

“No mercado cripto, o Bitcoin se valorizou para a faixa dos US$ 107.800, impulsionado pela fraqueza do dólar e pela retomada gradual do apetite por risco. A expectativa no curto prazo é levemente positiva, já que a desvalorização do dólar historicamente favorece ativos alternativos. No entanto, a incerteza em torno da liderança do Fed pode limitar movimentos de alta mais expressivos, embora o ambiente de liquidez e busca por diversificação siga favorável”, disse.

Alta sustentada por demanda institucional

A demanda institucional bateu novos recordes com ETFs de Bitcoin registrando US$ 547,72 milhões em entradas líquidas, acumulando impressionantes 12 dias consecutivos. ETFs de Ethereum também mantiveram o ritmo, com entradas de US$ 60,41 milhões, marcando três dias seguidos de crescimento.

Segundo Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN., "a demanda institucional sustentada demonstra convicção, mesmo com o Bitcoin negociado acima de US$ 108 mil, sugerindo forte apetite em níveis elevados".

O reconhecimento oficial do Bitcoin como reserva estratégica avançou significativamente. A senadora Lummis declarou recentemente que "o Bitcoin agora tem o histórico necessário para ser considerado um ativo estratégico de reserva".

Ao mesmo tempo, Patrick Witt, vice-diretor de ativos digitais da Casa Branca, confirmou a existência de "um plano de acumulação para que os EUA comprem mais Bitcoin", elevando o debate sobre a adoção federal da criptomoeda.

"A alta do Bitcoin sustentada pelos fluxos institucionais e pela fraqueza do dólar demonstra uma resiliência notável", destacou Misir. Ele complementou dizendo que "a clareza regulatória sobre ativos digitais e a ampliação dos ETFs reforçam a infraestrutura institucional, sustentando uma dinâmica positiva".

Bitcoin como reserva de valor

De acordo com uma análise do Mercado Bitcoin, embora tenha apresentado recuo no início da semana (23) após a escalada de conflitos no Oriente Médio, o Bitcoin tem se apresentado como um ativo resiliente frente a outras altcoins.

Após anúncio de cessar fogo entre Irã e Israel, o ativo subiu 0,5% nesta quarta-feira (25) com cotação em US$106.000 por unidade no início do dia. Esse movimento reforça claramente a maturidade do BTC e sua posição no mercado como um ativo de reserva de valor estratégico durante períodos de turbulência, graças à sua rápida recuperação.

No âmbito macroeconômico, é importante destacar que os EUA revelaram sinais de desaceleração, com o índice PMI de serviços e indústria caindo de 53,0 em maio para 52,8 em junho, indicando uma leve desaceleração econômica. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizou em declarações recentes que o ciclo de cortes nas taxas de juros começará apenas em setembro, mantendo uma postura cautelosa.

Segundo o MB, no cenário cripto, as perspectivas continuam favoráveis. Estados como Texas e Arizona avançam na implementação de leis que estabelecem reservas estratégicas de Bitcoin, fortalecendo sua institucionalização. A fintech britânica Revolut planeja lançar uma stablecoin de dólar. Além disso, a Memestrategy de Hong Kong anunciou a compra de 2.440 SOL, diversificando e fortalecendo seu portfólio e demonstrando a força dos ativos digitais.

Sua liquidez crescente, aceitação institucional e papel como reserva de valor reforçam a relevância do Bitcoin. Assim, o momento apresenta uma oportunidade de compra inteligente, especialmente no longo prazo, consolidando a maturidade do Bitcoin como ativo de referência em tempos de incerteza e turbulência.

Bitcoin análise técnica

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, destaca que o Bitcoin está reagindo fortemente após entradas de US$ 588 milhões em ETFs, marcando o maior volume mensal, com destaque para a BlackRock, que aportou mais de US$ 600 milhões em apenas dois dias.

O analista também ressalta a resistência dos investidores de longo prazo. De acordo com Aragão, "aproximadamente 14,7 milhões de BTC permanecem intocados, indicando forte convicção entre os detentores que miram um cenário semelhante à alta vista em 2020".

Aragão sinaliza os principais níveis técnicos do momento. A zona de suporte imediato está na faixa de US$ 105,6 mil, enquanto a resistência crítica fica em torno dos US$ 108 mil, com um potencial alvo de US$ 110 mil caso o nível atual seja rompido.

"Se conseguirmos superar essa resistência de US$ 108 mil, podemos acelerar rapidamente em direção a novos recordes históricos", observa o especialista.

Contudo, o analista alerta para riscos no curto prazo caso o Bitcoin não consiga se sustentar acima dos US$ 108 mil.

"Ainda há uma concentração importante de liquidez abaixo de US$ 105,5 mil, podendo provocar quedas rápidas se houver rejeição nesta faixa", explica.

Além disso, Aragão indica duas zonas adicionais de suporte em caso de correção: entre US$ 103 mil e US$ 101 mil, e uma região abaixo dos US$ 100 mil.

O comportamento dos investidores de longo prazo (Long-Term Holders - LTH) também chama a atenção, atingindo recentemente o menor nível de gasto desde 10 de junho, o que sugere alta convicção e menor interesse em realizar lucros imediatos.

"Com a oferta perto do maior nível histórico, os touros claramente estão preparando terreno para novos máximos", reforça Aragão.

Portanto, o preço do Bitcoin em 26 de junho de 2025 é de R$ 597.366,49. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 26 de junho de 2025, são: Kaspa (KAS), Bitcoin Cash (BCH) e Flare (FLR) com altas de 5%, 4% e 3% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 26 de junho de 2025, são: Fartcoin (FARTCOIN), Sei (SEI) e Pi Network (PI) com quedas de -10%, -9% e -7% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão