A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta sexta-feira, 30/05/2025, em R$ 605.475,10. A realização de lucros era esperada após o BTC bater em US$ 112 mil, recuar e falhar em romper com US$ 110 mil. Agora os traders avaliam até onde a correção deve chegar caso o suporte forte de US$ 100 mil seja perdido.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, apontou que os mercados globais recuaram após uma corte de apelações dos EUA restabelecer temporariamente as tarifas de importação propostas por Donald Trump, revertendo a decisão judicial anterior que havia bloqueado a medida.

Segundo ele, os principais índices asiáticos, assim como os futuros dos índices americanos registraram queda, enquanto o iene japonês se valorizou com o aumento da demanda por ativos de refúgio, pressionando ações de exportadoras.

Já o dólar e os rendimentos dos Treasuries recuaram juntamente com o preço do Bitcoin que atingiu o seu menor nível em 10 dias, refletindo a crescente cautela dos investidores diante da instabilidade nas políticas comerciais dos EUA. A tendência de curto prazo para o Bitcoin agora se mostra negativa, com expectativa de alta volatilidade à medida que incertezas sobre a política econômica americana seguem minando o apetite por ativos alternativos, afirma.

Para Beto Fernandes, analista da Foxbit, a queda do Bitcoin é um sinal de que a realização de lucros está se intensificando. São cerca de 8 mil BTCs sendo enviados às corretoras, indicando a pressão vendedora. Entretanto, ele afirma que o volume está abaixo dos 14 mil BTCs enviados durante o anúncio do tarifaço de Trump.

Mesmo assim, a gente vê uma queda suavizada pela forte demanda que vem externamente. Os ETFs de Bitcoin, por exemplo, acumularam uma entrada de US$ 6,2 bilhões em maio. Se fechar o período assim, este será o segundo mês com maior entrada de capital desde o lançamento dos fundos, ficando atrás apenas de novembro do ano passado, quanto US$ 6,49 bilhões foram injetados.Ou seja, há pressão de vendas, mas também há demanda, o que "trava" até certo ponto os movimentos do Bitcoin, mesmo que, hoje, seja de correção”, disse.

Bitcoin análise técnica

Valentin Fournier, analista chefe da BRN, acredita que o BTC deve testar a região dos US$ 100 mil em breve.

“Esperamos mais fraqueza no curto prazo, especialmente com a atividade de ETF limitada no fim de semana. Um recuo temporário até a região dos US$ 100 mil pode ocorrer antes de uma alta mais ampla entre US$ 130 mil e US$ 150 mil. Só depois disso os altcoins devem ganhar força novamente”, projeta Valentin.

Diante desse cenário, a BRN ajustou seu portfólio. A alocação em caixa subiu para 40%, enquanto a exposição ao Bitcoin se manteve forte em 53%. O Ethereum ocupa 5%, aproveitando o fluxo institucional, e o Solana foi reduzido para 2%, após desempenho inferior.

“Estamos em modo defensivo. Reduzimos a exposição e mantemos o Bitcoin com peso acima da média. Ele ainda é o principal ativo na narrativa atual”, conclui Fournier.

Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, também destaca que o suporte de US$ 105 mil é muito importante para os touros.

“Caso o preço do Bitcoin rompa a lateralização para baixo, haverá suportes de curto e médio prazo nas regiões de liquidez dos US$ 102.080 e US$ 94.700”, afirma.

A analista conhecida no Telegram como @lindrid, aponta que enquanto o BTC mantiver seu valor acima de US$ 100 mil a estrutura de alta está mantida.

O $BTC recuperou-se claramente do suporte inferior e agora está se consolidando em uma zona superior, abaixo da resistência. Essa estrutura sugere um movimento contínuo em direção a 116 mil, com os compradores retomando o controle após o reteste. Enquanto o preço se mantiver acima de 100 mil, o padrão de alta permanece intacto”, afirma

US$ 100 mil como suporte

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, destaca que o Índice de Força Relativa (RSI) registra 54 no gráfico diário, apontando para baixo em direção ao seu nível neutro de 50, indicando um enfraquecimento do momentum de alta. Além disso, o indicador Convergência e Divergência de Médias Móveis (MACD) também apresentou um cruzamento de baixa. Ele também mostra barras vermelhas ascendentes no histograma abaixo do seu nível neutro, indicando uma correção à frente.

“A correção deve continuar. Os touros podem tentar um retorno para US$ 108 mil, mas acredito que a força vendedora deve manter o BTC entre US$ 100 mil e US$ 105 mil, no entanto, perder US$ 100 mil seria uma mensagem clara de enfraquecimento e os ursos podem testar US$ 94 mil”, disse.

Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, também afirma que o Bitcoin (BTC) encontra-se em uma zona de suporte extremamente relevante, situada entre US$ 104.500 e US$ 102.500. A manutenção do preço dentro dessa faixa será determinante para a configuração de curto e médio prazo.

No gráfico mensal, segundo ele, destaca-se a importância estratégica de um fechamento acima dos US$ 103 mil a US$ 104 mil. Caso o BTC consiga encerrar o mês acima desse patamar, será a primeira vez desde janeiro que a criptomoeda fechará acima do último topo mensal — movimento que precedeu uma correção até os US$ 74 mil. Um fechamento positivo reforçaria a estrutura de alta e invalidaria o padrão de reversão anterior.

A superação dessa região indicaria o rompimento de uma bandeira de alta no gráfico mensal, o que mantém viva a projeção de continuidade da tendência de valorização. Com isso, seguimos com a expectativa de que o BTC possa buscar primeiramente a região dos US$ 124 mil, com alvo subsequente em US$ 148 mil”, aponta.

Segundo ele, é importante destacar que essa movimentação atual configura uma correção técnica natural dentro de um ciclo de alta mais amplo. Apesar da retração momentânea, o contexto macro permanece construtivo para o ativo.

Vale lembrar também que o mês foi marcado por entradas expressivas nos ETFs de Bitcoin à vista, com forte participação de investidores institucionais. Esse fluxo de capital positivo reforça a leitura de que há suporte relevante por parte de compradores de longo prazo”, finaliza.

BTC recua e testa suporte

Guilherme Prado, country manager da Bitget, diz que o mercado cripto iniciou o dia sob forte pressão, com o Bitcoin registrando queda de cerca de 2% e retornando à faixa dos US$ 105 mil. A movimentação reflete um aumento na aversão ao risco global, diante de fatores como a reativação das tarifas comerciais nos EUA, incertezas sobre os rumos da política monetária americana e a expectativa em torno do índice PCE de inflação — indicador crucial para as decisões do Fed.

Além disso, o vencimento de aproximadamente US$ 11,5 bilhões em opções de BTC contribuiu para o aumento da volatilidade, enquanto os ETFs spot de Bitcoin nos EUA registraram saídas líquidas de US$ 385 milhões, quebrando a sequência positiva recente. O fluxo para ETFs de Ethereum indica uma possível rotação de capital no setor.

Do ponto de vista técnico, o RSI se aproxima da zona neutra, enquanto o MACD aponta para uma possível continuidade da correção. No curto prazo, a zona entre US$ 100 mil (suporte) e US$ 108 mil (resistência) deve seguir como área de consolidação. A perda do suporte pode abrir caminho para uma queda até US$ 94 mil, enquanto uma recuperação acima de US$ 108 mil pode renovar o fôlego comprador, mirando US$ 112 mil”, disse.

Segundo ele, apesar da cautela no curto prazo, o cenário de longo prazo segue construtivo, com adoção institucional e corporativa crescendo. O momento exige atenção redobrada e gestão de risco diante da sensibilidade elevada aos fatores macroeconômicos.

Portanto, o preço do Bitcoin em 30 de maio de 2025 é de R$ 605.475,10. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 30 de maio de 2025, são: Leo token (LEO), Fasttoken (FTN) e Kucoin (KCS) com altas de 2%, 0,3% e 0,1% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 30 de maio de 2025, são: Bonk (BONK), Arbitrum (ARB) e Optimism (OP), com quedas de -11,8%, -11,6% e -11,2% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão