A OKX em parceria com a Blockworks Research, anunciou nesta quinta, 29, o lançamento de um relatório que apresenta como blockchain vai impactar diversos setores da sociedade e, como tal, é praticamente impossível imaginar o futuro sem a integração da blockchain.
Prova disso é o Brasil, país no qual a blockchain já é responsável pela autenticação dos cidadãos no governo com o bCadastros na Receita Federal, no Ministério da Saúde que usa a rede para validar e registrar informações do SUS ou no caso do e-Notoriado que utiliza o Hyperledger para validar documentos de milhares de cartórios no país.
No caso da OKX o estudo, intitulado "O futuro das aplicações de blockchain: remodelando setores globais" (The Future of Blockchain Applications: Reshaping Global Industries, no original em inglês), examina como setores como finanças, tecnologia, marcas e bens de consumo, além de esportes e entretenimento, serão transformados por aplicações de blockchain nos próximos 25 anos.
Além do uso governamental, o relatório constata que o desenvolvimento contínuo de casos de uso de blockchain definidos para criptomoedas e stablecoins; tokenização de ativos do mundo real; aplicativos descentralizados (dApps); e carteiras e pagamentos atuarão como disruptores fundamentais nesses setores de negócios vitais.
"Na OKX, imaginamos um futuro em que praticamente todo setor será remodelado pela tecnologia on-chain. Estamos animados para testemunhar e influenciar como a tecnologia blockchain revolucionará a maneira como vivemos, trabalhamos e conduzimos os negócios em escala global, disse Haider Rafique, sócio-gerente e CMO da OKX.
10% do PIB Global
Pesquisas indicam que o total de ativos sob gestão de ativos tokenizados do mundo real pode chegar a US$ 600 bilhões até 2030, com 10% do PIB global potencialmente tokenizado e armazenado em blockchain até 2027.
O relatório também observa que a IA e as criptomoedas se convergirão, possibilitando uma codificação e solução de problemas mais eficientes, com criptomoedas criando incentivos fortes para treinamento e implementações de IA.
De acordo com Rich Widmann, diretor de estratégia da Web3 no Google Cloud entrevistado, a blockchain é uma fonte de inovação. Em 20 anos, veremos um mundo em que a inteligência digital pode transacionar sem problemas em formas digitais, aprimorando tarefas e interações do dia a dia sem a necessidade de dispositivos tradicionais. Isso reflete uma ambição mais ampla de integrar a IA com a blockchain para tornar as negociações mais eficientes e facilitar a formalização de acordos.
Os resultados da pesquisa são baseados em entrevistas com especialistas do setor, análises da OKX e da Blockworks Research, pesquisas documentais e pesquisas e estudos existentes do setor. Os participantes da entrevista representam empresas líderes de mercado, incluindo Visa, Standard Chartered, Polygon, Google, Aptos, Manchester City Football Club, McLaren, Franklin Templeton e outras.
"Trabalhar com a OKX neste relatório foi uma oportunidade única para explorarmos as implicações de longo alcance da tecnologia blockchain, especialmente quando observamos a tecnologia revolucionando as práticas de negócios, os paradigmas de trading e a criação de valor em todo o mundo.", apontou Jason Yanowitz, cofundador da Blockworks.
Finanças 2.0 com blockchain
As aplicações de blockchain estão reformulando profundamente a criação de valor e os produtos financeiros, com impactos cada vez mais visíveis no setor de finanças. Investidores institucionais seguirão alocando capital em ativos digitais e produtos relacionados, impulsionados pelo desenvolvimento contínuo de soluções de trading e serviços de custódia. Essa infraestrutura emergente tornará mais fácil aumentar a exposição ao mercado cripto nos próximos anos.
As stablecoins, por sua vez, estão prestes a transformar o cenário global de pagamentos. Gigantes como a Visa já direcionam investimentos significativos para esse segmento, enquanto as principais stablecoins do mercado seguem em crescimento tanto em valor de mercado quanto em adoção prática.
No campo das negociações, as corretoras de cripto estão mudando a forma como os ativos são negociados no mundo. Essa transformação, já em curso, vem atraindo a atenção de investidores que buscam inovações como o trading ininterrupto, disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.
Além disso, as grandes empresas de serviços financeiros caminham para um futuro cada vez mais tokenizado. Mais de dois terços dos profissionais entrevistados no setor afirmaram que estão desenvolvendo soluções para apoiar a emissão e a gestão de ativos tokenizados, sinalizando uma reestruturação estrutural nos modelos tradicionais do mercado financeiro.
Mundo migrando de silos para aplicações on-chain
A infraestrutura tecnológica está passando por uma transformação profunda com a adoção da blockchain, que vem redefinindo a forma como softwares, redes e sistemas de dados são construídos e utilizados. Essa tecnologia introduz uma nova lógica de descentralização, segurança e transparência, capaz de alterar os fundamentos da arquitetura digital global.
O desenvolvimento da inteligência artificial também tende a ser moldado pela blockchain. Startups e desenvolvedores já exploram maneiras de descentralizar a criação e o treinamento de modelos de IA, reduzindo a dependência de grandes plataformas centralizadas e ampliando o acesso a recursos computacionais de forma mais distribuída.
Privacidade e blockchain avançam juntas em uma relação simbiótica. A tecnologia oferece aos usuários a possibilidade de realizar transações pseudônimas, ao mesmo tempo em que preserva o controle individual sobre dados pessoais. Isso abre espaço para novas aplicações em identidade digital, finanças e redes sociais mais seguras.
A convergência entre blockchain, computação em nuvem e inteligência artificial já está em curso e promete se tornar uma oportunidade de mercado de vários trilhões de dólares. Essa integração poderá gerar ecossistemas mais eficientes, interoperáveis e resilientes, capazes de atender às crescentes demandas por automação, segurança e escalabilidade na era digital.
Sua Coca-cola digital
As principais marcas de consumo e luxo já se preparam para explorar todo o potencial da blockchain em suas operações. Gigantes do varejo, como o Walmart, e grupos de luxo, como a LVMH, estão incorporando a tecnologia para transformar a transparência nas cadeias de suprimentos e modernizar os processos produtivos com rastreabilidade em tempo real.
Essas marcas estão testando casos de uso que podem remodelar completamente seus modelos de negócio. Entre as iniciativas em andamento, destacam-se os passaportes digitais de produtos, os NFTs vinculados a marcas de luxo, contratos inteligentes que automatizam práticas comerciais e o monitoramento do ciclo de vida de produtos por meio de redes blockchain.
Essa evolução marca a fusão entre o mundo físico e o digital. Bens de consumo e artigos de luxo passam a operar dentro de um ecossistema on-chain, oferecendo experiências digitais exclusivas e personalizadas. Esse novo cenário promete elevar a fidelidade dos consumidores e abrir caminhos para novas formas de engajamento, posicionando as marcas à frente na corrida por inovação e relevância no futuro do consumo.
A ‘resenha’ do domingo nunca mais será a mesma
A blockchain está mudando profundamente o cenário dos esportes e do entretenimento, revolucionando a forma como os fãs interagem com seus ídolos e times favoritos. Organizações esportivas e equipes de ponta já utilizam a tecnologia para ampliar o engajamento por meio de colecionáveis digitais, tokens exclusivos para torcedores e experiências únicas, que vão além do estádio ou da tela.
Esse movimento não se limita às arenas esportivas. A tendência aponta para uma expansão das aplicações da blockchain em áreas emergentes como o metaverso e as apostas esportivas, criando novos canais de interação, monetização e fidelização de audiência. A tecnologia permite que os fãs se tornem parte ativa da comunidade, participando de decisões, acessando conteúdos exclusivos e até investindo diretamente em seus clubes ou franquias favoritas.
No setor de entretenimento, as criptomoedas estão abrindo novas possibilidades para os criadores de conteúdo. Com o uso de contratos inteligentes e plataformas descentralizadas, artistas podem distribuir suas obras de forma direta, mantendo controle total sobre suas receitas. Esse modelo representa uma ruptura com o sistema atual, no qual produtores de cinema, TV e música precisam compartilhar boa parte dos lucros com plataformas intermediárias.
Ao empoderar tanto fãs quanto criadores, a blockchain redefine o papel do público na indústria do entretenimento. A descentralização das relações econômicas e a criação de novas experiências digitais colocam a tecnologia como um pilar da próxima geração de consumo cultural e esportivo.
O relatório completo pode ser conferido no link