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Walter BarrosWalter Barros

‘Bitcoin é a própria crise’ e não escapa do abismo em 2026, sugerem especialistas

Especialistas veem fraqueza no curto prazo e poucas narrativas capazes de reverter tendência de queda do BTC no próximo ano.

‘Bitcoin é a própria crise’ e não escapa do abismo em 2026, sugerem especialistas
Análise de preço

Resumo da notícia:

  • Clusters de liquidez atuais direcionam o Bitcoin para uma faixa entre US$ 78 mil e US$ 92 mil.

  • Defasagem em relação ao mercado de ações pode representar rali de fim de ano.

  • Mercado já está alavancado e liquidez de BCs não deve salvar o Bitcoin em 2026.

  • Rastreamento, possibilidade de bloqueio, energia gasta com mineração e riscos quânticos são alguns dos problemas do Bitcoin, segundo Ray Dalio.

Formações de clusters de liquidez sugeriam pouca possibilidade de o Bitcoin (BTC) romper a resistência de US$ 90 mil nesta terça-feira (23). O que pode se agravar em 2026 pela falta de liquidez e problemas com o BTC, segundo especialistas.

No X, Ted Pillows observou que o preço do Bitcoin voltou a se estabilizar em torno de US$ 88 mil.

Qualquer movimento em direção a US$ 90.000 encontrou forte resistência vendedora. Enquanto o Bitcoin não recuperar essa faixa de preço, a oscilação lateral continuará, completou o especialista ao apontar clusters de liquidez entre US$ 78 mil e US$ 92 mil.

Na mesma direção, Michaël van de Poppe destacou que o Bitcoin rejeitou uma zona de resistência crucial e continua a movimentação lateral de preço.

Isso é lamentável, mas ainda há indícios de uma tendência de alta em prazos menores. A rejeição em US$ 90 mil não é um mau sinal, por enquanto, acrescentou.

Graficamente, o especialista também apresentou zonas próximas a US$ 78 mil e US$ 92 mil, argumentando que “os mercados claramente esperam que o suporte em US$ 86 mil se mantenha, pois isso daria argumentos suficientes para continuar lutando contra as zonas de resistência cruciais” e sugeriu que o rali do BTC pode estar defasado.

Parece muito provável que alguns agentes estejam suprimindo a movimentação de preço do #Bitcoin. É bastante incomum ver todos os mercados em alta, exceto o de criptomoedas. É uma questão de tempo, salientou.

Ainda que o Bitcoin possa testar um rali de final de ano, 2026 pode frustrar as esperanças daqueles que apostam na injeção de liquidez por meio do corte de juros do Federal Reserve (Fed) e injeção de liquidez com a impressão de papel-moeda pelo Banco Central dos Estados Unidos e outras instituições monetárias. Foi o que avaliou o analista Luke Gromen em um vídeo postado esta semana no YouTube.

Segundo ele, os bancos centrais não vão promover uma “impressão nuclear” de dinheiro em 2026.

A economia está altamente alavancada, como já discutimos à exaustão, e todos sabem que o Bitcoin, como o último alarme de liquidez em funcionamento, representa a crise do mercado de ações. O Bitcoin é a própria crise do mercado de ações, argumentou.

O especialista disse ainda que o Bitcoin é um investimento seguro de longo prazo, que “a deflação vai levar a uma crise e ainda acho que haverá uma impressão nuclear de dinheiro em resposta a essa crise em algum momento”.

O Bitcoin é a parcela de capital próprio em um sistema altamente alavancado que está sofrendo pressões deflacionárias da inteligência artificial e da robótica, que estão crescendo exponencialmente. Acho que ainda não há muitas pessoas olhando para isso dessa forma. E acho que elas começarão a olhar para isso nos próximos meses, destacou.

Por sua vez, o bilionário Ray Dalio declarou em entrevista que possui uma pequena quantidade de Bitcoin, mas apontou problemas como rastreamento de transações, inclusive por governos, favorecendo a possibilidade de bloqueios.

[O Bitcoin] é frequentemente criticado pela grande quantidade de energia necessária para proteger a rede e minerar novos BTC, bem como pelos potenciais riscos quânticos e pela extrema volatilidade do preço do ativo, pontuou.

Na semana anterior, especialistas também avaliaram que Fed e BoJ colocam Bitcoin entre US$ 80 mil e US$ 100 mil, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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