O Grupo Bitcoin Banco supostamente criou uma página especial com detalhes de um acordo proposto aos clientes da organização visando sanar os problemas com saques na plataforma. A página pode ser acessada no link.

Segundo a publicação a adesão ao acordo é "opcional" e os clientes "que tiverem real interesse em conhecer os termos devem procurar a nossa equipe jurídica (disponível desde o dia 24/06) e de atendimento — voltadas exclusivamente para atender as dúvidas relacionadas a esse assunto — através do e-mail: acordogbb@btc-banco.com"

O GBB declara que alguns passos serão seguidos para efetivar o acordo, entre eles uma avaliação de Compliance, conversão de saldo em Bitcoins e assinatura do contrato. Para clientes com mais de 8 Bitcoins a plataforma declara que tem até 180 dias para efetivar o pagamento. O Cointelegraph não conseguiu, até o momento, identificar se a página é de autoria oficial do GBB.

O acordo inclui também uma série de cláusulas que determinam que o cliente reconheça que "negócios jurídicos envolvendo criptomoeda não possuem regulamentação própria, e por isso não estão protegidos pelos instrumentos instituídos por quaisquer dos órgãos integrantes do Conselho Monetário Nacional; "volatilidade é da essência e natureza da criptomoeda", "Bitcoin Banco não é uma organização que integra o sistema financeiro nacional, não sendo regulado, por consequência, pelas autarquias federais Banco Central do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários (CVM)"; entre outras.

A página traz ainda uma "apostila" que explica o que são criptomoedas, como surgiu o GBB e a suposta fraude que atingiu a plataforma "Na prática, o fraudador se conectava a uma exchange com dois computadores diferentes e ao mesmo tempo realizava dois pedidos de retiradas concomitantemente, no entanto, especificando como destino de 100% dos recursos (2x) as outras duas exchanges onde possuía conta, fazendo com que 200% do valor originário fosse transferido até os destinos."

O GBB declara também neste documento que aompanha o site, que em função dos problemas decorrentes da crise e de eventual insegurança, alguns clientes procuraram a Justiça para reaver seu dinheiro e que isso também causou atrasos nos pagamento.

"Dentre os processos existentes, boa parte das liminares foi indeferida. Outros processos, no entanto, tiveram as liminares concedidas pelos juízes, o que acabou prejudicando a operação e a organização das nossas empresas, tendo em vista o constante risco de bloqueio das contas"

Como reportou o Cointelegraph, uma série de ações judiciais foram abertas contra o Grupo Bitcoin Banco, que já tem processos instalados em pelo menos 11 estados, São Paulo, CearáRio Grande do NorteMinas GeraisGoiásSergipeSanta CatarinaMato GrossoRio de JaneiroRio Grande do Sul e Distrito Federal. A grande maioria dos processos tem como causa o atraso que as plataformas do grupo tem apresentado para realizar saques dos usuários.

Em sua defesa a empresa alega que, o problema ocorre por conta de atividades maliciosas que ocorream na plataformas do Grupo e que os responsáveis pela fraude devem ser investigados pela Justiça.