O Grupo Bitcoin Banco divulgou comunicado nesta sexta-feira, 24 de maio, afirmando ter sido vítima de uma quadrilha de fraudadores que aplicavam saques duplicados no câmbio de criptomoedas e teria movimentado mais de R$ 50 milhões.

O texto afirma que as autoridades e representantes do Grupo participariam de coletiva de imprensa ainda nesta sexta-feira em Curitiba, sede da empresa.

O golpe se valeria de uma vulnerabilidade na plataforma de operações de compra e venda de criptomoedas, que duplicavam saques para conseguir quantias ilegais. 

Cerca de 30 nomes já teriam sido identificados e reportados à Polícia Federal, especialmente à Delegacia de Estelionato de Curitiba. Apenas um dos fraudadores teria conseguido sacar R$ 2 milhões de uma só vez.

O Bitcoin Banco diz que está fazendo uma varredura nas exchanges NegociaCoins, TemBTC e BATExchange para identificar possíveis membros da quadrilha.

Os técnicos teriam identificado na última semana um súbito aumento nas carteiras de clientes, decorrente de operações suspeitas. 

Para evitar novas fraudes, passou então a adotar operações manuais, o que teria sido a causa dos problemas relatados por clientes e repercutido pelo Cointelegraph na última semana.

“Por causa da fraude, não podemos mais nos comprometer com prazo máximo. Infelizmente, a agilidade[...], com pagamento em poucas horas, não pode ser retomada agora e também teremos que reduzir os montantes a serem sacados até que tudo se normalize. Mas esperamos poder normalizar tudo entre os dias 29 de maio e 5 de junho”, diz no comunicado o presidente do GBB, Johnny Pablo dos Santos.

A empresa também elencou medidas cautelares tomadas, entre elas: a suspensão de depósitos em BRL e criptos até dia 29; limite de saque de R$10 mil e 1 BTC por dia até o mesmo dia; além de saques já solicitados acima do valor a serem reajustados ao limite.

O Grupo termina com um alerta a seus clientes, dizendo que os criminosos ainda podem tentar novos golpes, como oferecer a compra de posição em criptomoeda com deságio de até 50%. “Essa posição não existe. Ela é fruto de uma ação fraudulenta e quem achar que está levando vantagem ficará no prejuízo”, concluiu o presidente do GBB.