De olho no halving do Bitcoin (BTC), evento programado para a próxima sexta-feira (19), quando as recompensas por novos blocos minerados de BTC caem à metade, a Binance Academy, braço educacional da exchange global de criptomoedas Binance, elencou esta semana 10 grandes mitos sobre o benchmark de criptomoedas que ainda persistem na sociedade, principalmente entre os investidores iniciantes.
Sobre o assunto, o diretor-geral da Binance para Brasil, Guilherme Nazar, disse que “educação em criptomoedas não é uma escolha, mas uma necessidade.”
“Neste setor, o conhecimento vai além da compra e venda e pavimenta o caminho para decisões informadas, fomentando um ecossistema robusto, seguro e mais inclusivo. O objetivo da Binance Academy não é apenas desmistificar os mitos do Bitcoin, mas também despertar a curiosidade, estimular conversas e incentivar a pesquisa", emendou.
Em relação aos mitos, a Binance elencou que o Bitcoin não é um esquema Ponzi (pirâmide financeira) ao explicar que o BTC opera na tecnologia blockchain, um sistema aberto, transparente e auditável, tornando-o diametralmente oposto ao funcionamento opaco de um esquema Ponzi.
Sobre outra questão, relativa ao uso de Bitcoin principalmente em atividades ilegais, a exchange argumentou que, embora o Bitcoin já tenha sido usado em atividades ilegítimas, as mesmas coisas aconteceram com as moedas tradicionais. As transações em Bitcoin são registradas publicamente, tornando-o uma escolha arriscada para atividades ilegais e que apenas 0,34% do volume total de transações foram consideradas ilegais, segundo um com o relatório de crimes de 2024 da Chainalysis.
A Binance também abordou o mito de que a mineração do Bitcoin não é amiga do meio ambiente informando que a mineração de Bitcoin consome energia, mas inovações como o uso de fontes de energia renováveis para operações de mineração estão tratando ativamente desse problema.
Em relação à suposta ausência de valor intrínseco no BTC, o artigo defendeu que, ao contrário das moedas fiduciárias, que são baseadas na confiança em um governo, o Bitcoin tem valor intrínseco porque custa tempo, energia e recursos para produzir.
No caso da alegação de que o Bitcoin pode ser hackeado, a exchange ressaltou que o Bitcoin, como outras criptomoedas, opera em uma blockchain que é inerentemente segura. Enquanto carteiras digitais e trocas podem ser vulneráveis, o próprio Bitcoin é considerado altamente seguro.
A mensagem ainda desmistificou a “volátil para uso prático” argumentando que ela está gradualmente diminuindo à medida que o mercado amadurece e a adoção institucional cresce, negou que o BTC se destina apenas para pessoas com conhecimento em tecnologia, que o benchmark cripto não teria valor real, que é tarde demais para se investir em Bitcoin e que a criptomoeda seria ilegal por não ser regulamentada.
Nesse caso, a Binance frisou que “enquanto a regulamentação varia de país para país, a falta de uma regulamentação uniforme não torna o Bitcoin ilegal. De fato, muitos governos estão explorando os benefícios potenciais das criptomoedas. E recentemente a Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos), aprovou a negociação de ETFs de BTC à vista, que atraíram significativa demanda institucional.”
Machado Meyer Advogados na ABcripto
De olho no avanço da regulamentação das criptomoedas no Brasil, A Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto) anunciou essa semana a chegada do escritório Machado Meyer Advogados, como novo associado. Fundado em 1972, o escritório é um dos mais importantes do país, reconhecido por sua excelência em fornecer soluções jurídicas inteligentes para impulsionar os negócios e transformar a realidade dos clientes e da sociedade.
Segundo a ABCripto, desde sua fundação, o Machado Meyer vem em ritmo de crescimento, com foco na oferta de assistência legal a clientes nacionais e internacionais, como grandes corporações, instituições financeiras e entidades governamentais, em diversos setores da economia. Hoje, conta com escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Nova York. O escritório tem como foco dar suporte na formatação de transações financeiras complexas, na criação e implantação dos mais variados tipos de produtos e serviços e no apoio ao relacionamento dos clientes com os órgãos reguladores.
Para Bernardo Srur, diretor-presidente da ABcripto, a adesão de um escritório do porte do Machado Meyer fortalece as discussões sobre a regulação do mercado cripto, em um momento tão relevante para o setor no país.
“Nosso objetivo é contribuir para reforçar o ambiente de legitimidade e segurança jurídica para empresas, investidores e a sociedade, e atrair mais negócios para o setor no Brasil. A chegada de uma marca com a força do escritório Machado Meyer reitera esse movimento e reforça a representatividade da ABcripto na defesa de uma criptoeconomia mais moderna e relevante. É essencial estabelecermos uma abordagem proativa e colaborativa, e o Machado Meyer está comprometido em participar do desenvolvimento sustentável e regulamentado da criptoeconomia brasileira”, disse.
A sócia do Machado Meyer Advogados, Alessandra Carolina Rossi Martins, que atua há mais de 12 anos nas áreas empresarial e bancária, destacou a importância da parceria com a ABcripto.
"Acompanhar a evolução acelerada da tecnologia e as mudanças frequentes no marco regulatório é um grande desafio para bancos, seguradoras e agentes do mercado financeiro de modo geral. Essa parceria nos ajuda a identificar os desafios de diversos perfis de negócios, com o propósito de oferecer inteligência jurídica na estruturação de transações financeiras sofisticadas, bem como em levar soluções inovadoras que ajudem a viabilizar negócios no setor”, explicou.
No Brasil, o processo de regulamentação da criptoeconomia começou em dezembro de 2022, com a publicação do Marco Legal dos Criptoativos (Lei 14.478), que entrou em vigor em junho de 2023 e determinou o Banco Central como entidade reguladora do setor.
Para a líder de políticas públicas na região da startup de pagamentos internacionais Ripple, Priscila Couto, a regulamentação pode colocar o país na vanguarda do mercado de criptomoedas na América Latina, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.