Uma janela de oportunidade acaba de se abrir para os investidores de Bitcoin (BTC), afirmou Samir Kerbage, CIO da gestora de criptomoedas Hashdex.
Na mais recente edição do boletim mensal "Notas do CIO", Kerbage apresenta dados que comprovam que o período de 60 a 90 dias após o halving costuma oferecer o maior potencial de retorno para investimentos em Bitcoin, durante estágios intermediários de ciclos de alta.
Ao comentar que "a psicologia do investidor desempenha um papel crucial nos ciclos de mercado", o CIO da Hashdex afirmou que compras de Bitcoin realizadas entre 19 de junho e 18 de julho podem resultar em ganhos superiores para os investidores de criptomoedas, de acordo com padrões históricos de mercado:
"Comprar BTC perto da fase atual do ciclo (60 a 90 dias após o halving do Bitcoin) resultou em um potencial de alta substancialmente maior do que se um investidor comprasse BTC após esse período."
Não apenas os lucros tendem a ser maiores, mas eventuais prejuízos também tendem a ser minimizados, afirmou Kerbage:
"Talvez, ainda mais importante, comprar durante essa janela também protegeu os investidores de perdas, mesmo que eles viessem a vender seu BTC no ponto mais baixo do ciclo."
Tomando por base o ciclo de alta de 2021, os retornos sobre investimentos em Bitcoin feitos entre 60 e 90 dias após o halving variaram entre 413% e 546%, enquanto compras efetuadas um ano depois renderam apenas 6%, e dois anos depois, 56%.
Investidores que compraram Bitcoin nesta janela de 60 a 90 dias após o halving de 2020 e o venderam no fundo do mercado de baixa ainda assim obtiveram lucros de entre 37% e 72%. Já aqueles que investiram em Bitcoin um ou dois anos depois do evento de redução pela metade da emissão de novos BTCs acumularam perdas de 58% a 72%, segundo os dados da Hashdex.
Tabela com retornos sobre investimentos em Bitcoin em diferentes momentos dos ciclos de mercado das criptomoedas. Fonte: Hashdex
Indecisão do mercado está chegando ao fim
Analistas são unânimes em apontar que o atual momento de lateralização na faixa entre as mínimas locais de US$ 56.500 e a máxima histórica de US$ 73.750 está próximo do fim. Já são mais de 120 dias preso neste canal e seria bastante incomum que o preço do Bitcoin não o rompesse para cima ou para baixo nos próximos dias.
Em uma postagem publicada no X nesta terça-feira, 2 de julho, o analista Matthew Hyland chama atenção para o fato de que apenas quatro vezes na história do Bitcoin as Bandas de Bollinger estiveram tão estreitas no gráfico do par BTC/USD.
Todas elas acabaram resultando em uma disparada do preço do Bitcoin no médio prazo, mas Hyland não garante que desta vez o movimento do BTC será ascendente.
O trader e analista Pentoshi delineou um cenário otimista, a partir da quebra do suporte psicológico de US$ 60.000, que faria o preço do Bitcoin buscar novas mínimas em uma região entre US$ 48.000 e US$ 51.000.
Segundo Pentoshi, a queda adicional de 20% a 25% contribuiria para restaurar o sentimento do mercado:
"Neste cenário, quanto mais baixo o preço, mais otimistas as pessoas deveriam ficar, pois o potencial de alta se tornaria maior. Mas essa seria a correção máxima neste momento."
Embora considere este cenário improvável, "ele não está fora do reino das possibilidades," concluiu Pentoshi. "É o ponto onde eu alocaria o máximo de capital", afirmou o analista.
Apostando na flexibilização da política monetária do Banco Central dos EUA em um futuro breve, Pentoshi argumenta que o potencial de alta do Bitcoin é "ilimitado", devido aos "influxos dos ETFs, à oferta restrita e à competição das pessoas pelo ativo, incluindo outros estados-nação no futuro."
Na tarde desta terça-feira, 2 de julho, o Bitcoin é negociado em torno de US$ 62.000, operando em baixa de 2% nas últimas 24 horas, de acordo com dados da CoinGecko.
Conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil recentemente, o Bitcoin precisa superar a resistência crítica na faixa de US$ 65.000 para confirmar que a queda recente foi uma "armadilha de urso" e retomar sua tendência de alta.