O aplicativo Beplix entrou em operação na quinta-feira, 23, oferecendo aos brasileiros um serviço de conta digital multimoedas que integra criptomoedas a serviços financeiros do dia a dia, como pagamento de contas e boletos e transferências via Pix sem que haja necessidade prévia de conversão para reais.
Fundada por dois investidores experientes do mercado de criptomoedas, Vinicius Marinho, CEO da Beplix, e Thiago Mozzatto, a fintech é uma das pioneiras no Brasil a atuar em um nicho conhecido como Crypto-as-a-Service (CaaS) nas modalidades B2C (empresa-consumidor) e B2B (empresa-empresa). O termo se refere ao oferecimento de serviços bancários tradicionais através de criptomoedas, conforme explicou Marinho em uma reportagem do Valor Econômico:
"Qualquer pessoa poderá ter acesso a criptomoedas de uma forma descomplicada, sem a necessidade de enfrentar a burocracia que as exchanges colocam em suas transações. Queremos tornar as moedas digitais, de fato, um meio de pagamento."
Os clientes da Beplix também poderão utilizar a plataforma para compra e venda de criptomoedas. No futuro, a fintech pretende oferecer serviços de consultoria financeira e outros produtos aos usuários, como venda de ingressos para shows e eventos, por exemplo.
Atuantes no mercado cripto desde 2016 como investidores, com mais de US$ 20 bilhões transacionados, a dupla de empreendedores acompanhou de perto o crescimento do mercado no Brasil.
Apesar do ciclo de baixa iniciado no final do ano passado, eles acreditam que há potencial para manutenção da expansão do mercado. Por isso, decidiram fazer um investimento inicial de R$ 800 mil utilizando recursos próprios para lançar o Beplix.
A meta da fintech é alcançar ao menos 100.000 usuários ativos até o final deste ano, e ampliar o corpo de funcionários dos atuais 20 para 50, a partir de uma possível rodada de financiamento.
Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil, o mercado de prestadores de serviços relativos à negociação de criptomoedas brasileiro está bastante aquecido desde o final do ano passado. Em resposta a uma demanda crescente de seus clientes, diversas empresas nacionais anunciaram a criação de serviços e plataformas próprios para negociação de criptoativos. Foi o caso da 99, do Mercado Livre, dos bancos BTG Pactual, Nubank, e da XP.
Grandes exchanges internacionais também divulgaram planos de entrada no mercado brasileiro, incluindo a norte-americana Coinbase, a espanhola Bit2Me e a argentina Lemon Cash.
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