Nesta quarta, 05, a BEE4, empresa participante do sandbox de tokenização da CVM, anunciou a realização do primeiro IPO em blockchain de 2025, da startup Roda Conveniência, líder no mercado de minimercados autônomos no Estado do Rio de Janeiro.

A companhia possui lojas 100% autônomas espalhadas por empresas, coworkings e condomínios sob o sistema de autoatendimento, no qual os clientes podem acessar diversos produtos como alimentos, bebidas, itens de higiene e limpeza, produtos para pets, entre outros, 24 horas por dia e 7 dias por semana.

Em 2021, a Roda Conveniência levantou R$ 4 milhões via crowdfunding, e, desde então, triplicou seu faturamento e alcançou o break-even operacional já no 3º trimestre de 2023. Agora, a empresa busca captar até R$ 8 milhões para acelerar seu crescimento e impulsionar suas operações pelo país, expandindo para novas regiões com novos formatos de lojas, consolidando ainda mais sua posição no mercado.

A Roda Conveniência é a 5ª empresa listada na BEE4 e a primeira após conexão desse mercado com duas grandes corretoras brasileiras, a Genial Investimentos e o Itaú Private Bank.

O mercado BEE4 é um ambiente de negociação destinado a ações de empresas com faturamento anual entre R$ 10 milhões e R$ 300 milhões. Por meio da BEE4, as PMEs (Pequenas e Médias Empresas) têm oportunidade de realizar Ofertas Públicas Iniciais (IPOs) e negociar suas ações, assim como as grandes corporações listadas na B3.

IPO em 2025

“A Roda Conveniência é uma empresa diferenciada, que vem crescendo de forma acelerada, demonstrando o potencial das PMEs brasileiras que contam com excelentes gestores na linha de frente. Em um contexto em que cada vez mais pessoas buscam praticidade em suas vidas, a Roda vem ampliando o uso de tecnologia e inteligência de dados para maximizar as vendas de suas lojas em condomínios residenciais e balizar as tomadas de decisão do negócio", explica Patricia Stille, cofundadora e CEO da BEE4.

Fundada em 2019, a Roda Conveniência conta com 270 pontos de venda, atendendo a mais de 200 mil clientes. A empresa atua em um segmento de mercado acelerado, que tem previsão de crescimento de 15% ao ano na próxima década.

O período estimado de reserva se estende até o final de março de 2025. O investimento mínimo é de R$62,50, equivalente a 1 ação.

Para os investidores que utilizam o aplicativo da Genial, o caminho é bastante intuitivo. Após realizar o login, basta acessar a seção de 'Renda Variável', depois é só selecionar a opção de  'Produtos e Serviços' e clicar em 'BEE4'.

Por fim, basta acessar 'Ofertas Públicas' e selecionar 'Roda Conveniência' para iniciar o processo de reserva. A oferta estende-se aos clientes Itaú Private Bank, que podem realizar a operação por meio de seus bankers.

Após o encerramento, quando o valor alvo estabelecido for atingido, as ações serão tokenizadas e disponibilizadas para negociação no mercado secundário.

Aprovação da CVM

Recentemente a BEE4 conquistou uma licença da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para atuar como Central Depositária. Inicialmente, seu foco será atuar no segmento de notas comerciais, debêntures e ações de companhias listadas em seu mercado.

Com essa aprovação, a instituição dá um passo relevante na transição de sua licença de mercado organizado no âmbito do sandbox regulatório para conquistar autorizações definitivas junto à CVM.

Além da autorização como Central Depositária - que pode ser considerada a primeira “Depositária Digital” uma vez que utiliza tecnologia blockchain em sua infraestrutura, a BEE4 também aguarda nos próximos meses a conclusão do processo de autorização enquanto Administradora de Mercado de Balcão Organizado, que foi protocolado conjuntamente, mas tem prazo mais longo para análise por parte do regulador.

A licença de Depositária permitirá que a instituição ofereça os serviços de depósito de valores mobiliários, abrangendo a guarda, registro e liquidação de operações para seus clientes, que será realizada através da Câmara de Pagamento da Núclea, investidora da BEE4 e um dos maiores players do sistema financeiro nacional, detido por 48 bancos, entre eles o Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Caixa Econômica, Safra e BTG. 

“Têm sido um privilégio participar do primeiro sandbox regulatório da CVM, tendo a oportunidade de construir um modelo diferente, propor inovações e inspirar um passo tão importante do regulador brasileiro, que é a concepção de uma nova resolução para facilitar o acesso de PMEs aos investidores de mercado. A obtenção das licenças definitivas é o que vai nos dar condições de promover o amplo desenvolvimento desse segmento nos próximos muitos e muitos anos. O Brasil precisa de um mercado de acesso” destaca Stille.