Embora o metaverso possa ser entendido com um ambiente centralizado e controlado pelos desenvolvedores da plataforma ele também não está livre da criminalidade e, recentemente, dois crimes cometidos por avatares no ambiente digital ilustram que a vida digital pode replicar as mazelas da vida física.

No primeiro caso, envolvendo o Meta (antigo Facebook) uma mulher que testava a plataforma da rede social, chamada de Horizon Worlds, relatou ter sido “apalpada” por um avatar estranho. Além disso, ela afirmou que outros avatares teriam incentivado o comportamento do assediador.

O caso ganhou repercussão mundial e fez o Meta estabelecer novas regras em sua plataforma digital, como uma distância mínima entre os avatares.

"Um limite pessoal previne alguém de invadir o espaço pessoal do seu avatar. Se alguém tentar entrar no seu limite pessoal, o sistema irá interromper o movimento dela. Você não sentirá nada disso — não há um feedback tátil", escreveu Vivek Sharma, vice-presidente da plataforma Horizon, sobre a mudança.

Sharma destacou ainda que no futuro a plataforma pretende acrescentar novos controles, como deixar que as pessoas personalizem o tamanho de seu limite pessoal.

Atentado terrosita

Já na Rússia um tribunal do país condenou três adolescentes siberianos por terrorismo. O tribual alega que os jovens estavam conspirando para explodir um prédio virtual dos Serviços de Segurança Federais (FSB) no popular jogo online Minecraft. 

Nikita Uvarov, Denis Mikhailenko e Bogdan Andreyev de Kansk, foram presos em junho de 2020 por pendurar panfletos políticos no escritório local do FSB que incluíam slogans como “o FSB é o principal terrorista” e apoio a Azat Miftakhov, um anarquista que foi condenado a seis anos de prisão.

Todos os três suspeitos tinham 14 anos no momento da prisão. Após suas prisões, o FSB vasculhou os telefones dos adolescentes, onde descobriram vídeos deles fazendo pirotecnia e supostamente jogando coquetéis molotov em uma parede, bem como um plano para explodir um prédio virtual do FSB no Minecraft.

"Os suspeitos Uvarov, Mikhailenko e Andreyev são culpados de ser submetidos a treinamento com o objetivo de realizar atividades terroristas”, declarou o tribunal.

Mikhailenko e Andreyev se declararam culpados das acusações e foram posteriormente colocados em prisão domiciliar. Uvarov negou sua culpa e foi colocado em um centro de detenção pré-julgamento, onde afirma ter sido submetido a pressão mental e física para confessar sua culpa. 

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