Na manhã desta sexta-feira (9), o mercado de criptomoedas movimentava US$ 1,03 trilhão e imprimia uma alta diária de quase 6%, recuperação que também era percebida pela cotação do Bitcoin (BTC), trocado de mãos em torno de US$ 21 mil, com alta diária em torno de 8% e com dominância de mercado de 38,6%. 

O ânimo do mercado acontece na esteira das declarações feitas na última quinta pela secretária de Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, exaltando a “força” da maior maior economia do planeta no pós-pandemia, apesar de o dia também ter sido marcado pela alta de 0,75% na taxa de juros na zona do euro, anunciada pelo Banco Central Europeu (BCE), e pela morte da Rainha do Reino Unido, Elizabeth II, que demonstrava simpatia pelas criptomoedas e pela blockchain

Em tom de campanha para a próxima eleição legislativa dos EUA, em novembro, Yellen viajou para Detroit, polo da indústria automobilística do país, onde divulgou os impactos da agenda do presidente Joe Biden que, segundo ela, incluem centenas de bilhões de dólares em investimentos em semicondutores, pesquisa, assistência médica, infraestrutura e energia verde. Discurso que foi duramente rechaçado por um editorial do Wall Street Journal dizendo que a Ford, por exemplo, está recebendo uma enxurrada de subsídios, que as grandes empresas e Biden “estão em negócios políticos juntos” e que Yellen está mentindo. 

Mentira ou não, os investidores de capital de risco voltaram a aportar recursos no mercado de criptomoedas, o que também se refletiu na alta da maioria das altcoins. O Ethereum (ETH) era negociado por 1.703 (+4%), o BNB era transacionado por US$ 292 (+4,8%), o XRP valia US$ 0,35 (+5,8%), o ADA podia ser comprado pouco acima de US$ 0,49 (+4,8%), o SOL estava precificado em US$ 35,25 (+6,7%), o DOT equivalia a US$ 7,77 (+6,9%), o DOGE estava cotado em US$ 0,063 (+4%), o MATIC estava avaliado US$ 0,89 (+6,8%), o AVAX era negociado por US$ 20,13 (+6,7%).

Diversas altcoins apresentavam alta na casa de dois dígitos, entre elas o RVN, transacionado pouco acima de US$ 0,044 (+24,8%); o ATOM, trocado de mãos por US$ 15,79 (+20%); o OKB, precificado em US$ 16,39 (+19,7%); o APE, equivalendo a US$ 5,26 (+17,8%); o AR, cotado a US$ 11,31 (+16,7%); o LINK, avaliado em US$ 7,99 (+10%).

Gráfico diário do par POLY/USD. Fonte: CoinMarketCap

Um dos destaques era o POLY, utility token da plataforma Polymath, que é um projeto criado na rede Ethereum com foco no gerenciamento de ativos digitais e que lançou no final do ano passado sua rede principal, “Polymesh”, que se apresenta como provedora de uma infraestrutura em blockchain alinhada aos requisitos do mercado de capitais. O token era trocado de mãos pouco acima de US$ 0,31 e com alta diária de 70%, mesmo percentual de crescimento da capitalização de mercado do projeto, que era de pouco mais de US$ 289,3 milhões e ocupava a 113ª colocação no ranking, enquanto ou volume de transações do POLY era de superior aos US$ 648,2 milhões, com alta diária de 10.680%.

Na última quinta, o Bitcoin ressurgia pouco pujante diante da polêmica envolvendo a economia do Brasil, recuperação na Europa e 63% de alta suspeita de uma altcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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