O preço do Bitcoin (BTC) amargou um prejuízo de quase 4% no fechamento semanal. Além disso, desde o topo de 14 de março, quando registrou a máxima histórica atual de US$ 73.750, o Bitcoin segue imprimindo mínimas e máximas mais baixas no gráfico diário, em um claro sinal de fraqueza.
O sentimento do mercado de criptomoedas como um todo esfriou e ainda não há sinais de retomada do entusiasmo dos investidores. Abril interrompeu uma sequência de sete meses de crescimento no volume de negociação nos mercados à vista e de futuros, de acordo com dados da CCData. O volume de negociação à vista registrou um declínio de 33%. E o volume de derivativos teve um desempenho ainda pior, com uma queda de quase 48%.
Em contrapartida, a dominância do Bitcoin segue acima de 50% e em tendência de alta, como apontou o perfil da Ecoinometrics em uma publicação no X (antigo Twitter) no domingo, 12 de maio.
Ou seja, se no panorama mais amplo das finanças globais o Bitcoin vem performando abaixo de outras classes de ativos nos meses de abril e maio, incluindo o ouro e os índices ações dos Estados Unidos, ele dá demonstrações de força no âmbito do mercado de criptomoedas, destaca a Ecoinometrics:
"Isso está acontecendo ao mesmo tempo em que a capitalização total do mercado de criptomoedas está próxima de seu recorde histórico."
Repetindo um padrão histórico em maio, observado em seus 15 anos de história, o preço do Bitcoin segue em movimento lateral desde que retomou o suporte de US$ 60.000 em 3 de maio. Flutuando em uma faixa estreita entre US$ 59.000 e US$ 64.000, ainda não se pode afirmar com certeza se a tendência momentânea é de alta ou de baixa, afirma Arthur Driessen, analista da Crypto Investidor:
"Após ter feito uma armadilha de urso no início de maio, retomando o suporte de US$ 59.000, o BTC pode ter estabelecido um pivô de alta cujo rompimento e confirmação se encontra na região de US$ 65.500."
Ao superar a resistência em US$ 65.500, o preço do Bitcoin quebraria a linha de tendência de baixa (LTB) – faixa azul diagonal no gráfico abaixo – que se estabeleceu a partir de US$ 72.900 no gráfico diário, explica Driessen. Daí a importância de superar essa marca e consolidar-se acima dela.
Gráfico diário anotado BTC/USDT (Binance) com LTB e alvos de suporte e resistência. Fonte: Crypto Investidor
"A projeção desse rompimento pode impulsionar o BTC para US$ 73.000 a US$ 76.000 em uma onda 3, podendo buscar mais adiante a região em torno de US$ 87.600, finalizando assim uma onda 5", explica o analista com base no gráfico acima.
No entanto, um retorno à faixa dos US$ 50.000 também não pode ser descartado, alerta Driessen:
"É de extrema importância que o par BTC/USD consiga se manter acima do suporte de US$ 59.000 para a validade deste movimento de alta, caso contrário a próxima região de suporte a ser testada antes da grande Bull Run será os US$ 53.000."
Em alta de 2,7% nas últimas 24 horas, o par BTC/USD luta para se manter acima de US$ 63.00 no final da tarde desta segunda-feira, 13 de maio, de acordo com dados da CoinGecko. O volume de negociação, por sua vez, mantém a média relativamente baixa registrada ao longo da semana passada.