Retraído na manhã desta terça-feira (2), o mercado de criptomoedas movimentava US$ 2,15 trilhões (-4,8%) enquanto o Bitcoin (BTC) orbitava US$ 61,2 mil (-4,2%) com 56,4% de dominância de mercado, sentimento dos investidores na zona do medo (39%) e a maior parte das principais altcoins em market cap operando no vermelho, apesar da alta de até 150% de alguns tokens.

O recuo do mercado cripto se correlacionava com o aumento da aversão aos mercados de risco após o Irã promover o segundo ataque direto da história contra Israel através de 180 mísseis hipersônicos, segundo a agência de notícias iraniana IRIB. 

A ofensiva iraniana, que foi uma resposta aos bombardeios israelenses contra o grupo extremista libanês Hezbollah, elevou a tensão no Oriente Médio com a promessa de retaliação feita por Israel. Ameaça sentida no recuo de índices historicamente correlacionados com as criptomoedas, como o S&P 500 e o Nasdaq, encerrados respectivamente em 5.708,75 (-0,93%) e 17.910,36 pontos (-1,53%).

Outro catalisador para a aversão ao risco foi o relatório Job Openings and Labor Tunover Surveu (Jolts), divulgado pelo departamento do Trabalho dos Estados Unidos. Segundo o documento, o mercado de trabalho da maior economia global voltou a dar sinais de aquecimento em agosto pela abertura de 8 milhões de postos de trabalho ante 7,7 milhões em julho, embora os respectivos volumes de contratações nesses dois meses tenham sido de 5,3 milhões e 5,4 milhões.

A alta da empregabilidade rema contra mercados como o de criptomoedas porque reduz a chance de um corte maior na taxa básica do Federal Reserve (Fed) no próximo dia 7 de novembro e limita o avanço do capital de risco por causa do custo do dinheiro. O que foi reiterado esta semana pelo presidente do Fed, Jerome Powell.

O cenário adverso ao risco foi percebido pela forte retração dos fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e de Ethereum (ETH), que recuaram em respectivos líquidos US$ 242,53 milhões e US$ 48,53 milhões segundo dados da plataforma SoSoValue. 

Na região retrátil das principais altcoins em capitalização de mercado, o BEAM era comprado por US$ 0,017 (-16,9%), o AR estava precificado em US$ 19,32 (-16%), o STRK valia US$ 0,39 (-15,2%), o ORDI se equiparava a US$ 33,38 (-14,2%), o FLOKI representava US$ 0,00013 (-14,1%), o NOT se comparava a US$ 0,0076 (-14%) e o CORE valia US$ 0,91 (-13,6%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o W era comprado por US$ 0,38 (+24,1%), o REEF se convertia em US$ 0,0051 (+20,7%), o DIA pareava US$ 0,82 (+18,6%), o SURE estava cotado a US$ 0,0034 (+10,5%), o DEGO estava quantificado em US$ 2 (+17,2%) e o DORA atraía US$ 0,064 (+20,9%).

Chamava a atenção a volatilidade do DEGEN, transacionado por US$ 0,011 (+146%) e com um pico de preço de 150% nas últimas horas.

Gráfico de 24 horas do par DEGEN/USD. Fonte: CoinMarketCap

A explosão do token nativo da blockchain de camada 3 (Layer 3) Degen coincidia com a adição do DEGEN ao roteiro de listagem da exchange global Coinbase. Entre outras listagens em exchanges também estavam IOU na Upbit, EIGEN na Bithumb e Bitkub, FWOG na Crypto.com, OSAK na AscendEx, CXT e ROOT na BitMart, TON na Kraken e FTON na Gate.io.

No dia anterior, uma nova criptomoeda subiu de US$ 0,04 para US$ 5 em explosão de 12.400% na Binance e Bitget com o Bitcoin de lado, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.