Gary Wang, cofundador e ex-diretor de tecnologia da exchange de criptomoedas FTX, foi a última testemunha a depor no julgamento criminal do ex-CEO Sam "SBF" Bankman-Fried.

De acordo com relatos da Inner City Press, Wang foi ouvido pelo tribunal em 5 de outubro, após os testemunhos do ex-desenvolvedor da FTX, Adam Yedidia, e do cofundador da Paradigm, Matt Huang. O ex-CTO teria admitido ter cometido crimes durante o período em que trabalhou na FTX em conluio com Sam Bankman-Fried, a ex-CEO da Alameda Research, Caroline Ellison, e do ex-diretor de engenharia da FTX, Nishad Singh.

"Nós permitimos que a Alameda sacasse fundos ilimitados da FTX", disse Wang em resposta ao questionamento da procuradora assistente dos Estados Unidos, Danielle Sassoon.

Ele acrescentou:

"[Sam cuidava] de falar com a mídia, fazer lobby, conversar com investidores. Eu apenas codificava [...] no final, a decisão era de Sam [com relação a qualquer desacordo]."

O dia 5 de outubro foi o terceiro dia do julgamento criminal de Bankman-Fried em Nova York. As testemunhas falaram amplamente sobre as conexões entre a Alameda e a FTX antes do pedido de falência da exchange, incluindo a declaração de que SBF havia orientado os funcionários a usar os fundos de usuários da FTX para cobrir as perdas da Alameda. O depoimento de Wang foi resultado de um acordo fechado com os promotores como parte de uma confissão de culpa apresentada em dezembro de 2022. Espera-se que Ellison e Singh também testemunhem contra SBF antes da conclusão do julgamento, provavelmente em novembro.

Terceiro dia do julgamento de #SBF, estamos aqui brilhando desde cedo!

— Cointelegraph (@Cointelegraph)

Bankman-Fried provavelmente permanecerá na prisão durante o seu julgamento criminal após uma ordem do juiz Lewis Kaplan revogando sua liberdade condicional em agosto. Os promotores acusaram SBF de tentar intimidar testemunhas como Ellison e outros.

Não está claro se SBF planeja depor em sua própria defesa no julgamento. De acordo com a Constituição dos EUA, nenhuma pessoa pode ser forçada a prestar depoimento para não se autoincriminar.

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