Resumo da notícia:
Relatório a ONU diz que a IA pode ampliar desigualdade entre os países.
Documento também descreve caminhos práticos para que os países aproveitem as oportunidades.
Países mais ricos também poderão sofrer consquências, aponta relatório.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divlugou nesta terça-feira (2) um relatório que alerta para o agravamento da desigualdade entre países ricos e pobres, por causa do desnível de adoção da inteligência artificial (IA).
Intiulado “The Next Great Divergence: Why AI May Widen Inequality Between Countries” (A Próxima Grande Divergência: Por que a IA pode ampliar a desigualdade entre os países), o relatório destaca como essas pressões se manifestam de forma mais visível na Ásia e no Pacífico, uma região marcada por grandes diferenças de renda, prontidão digital e capacidade institucional.
O documento também descreve caminhos práticos para que os países aproveitem as oportunidades da IA, gerenciando seus riscos em apoio ao desenvolvimento humano em geral.
Acreditamos que a IA está anunciando uma era de crescente desigualdade entre os países, após anos de convergência nos últimos 50 anos, disse em entrevista coletiva em Genebra o economista-chefe Philip Schellekens, do PNUD Ásia-Pacífico.
Schellekens acrescentou que os países mais ricos também sofrerão consquências, caso as nações mais pobres forem deixadas para trás pela IA.
Se a desigualdade continuar a aumentar, os efeitos colaterais disse, em termos de agenda de segurança, em termos de aforams de migração sem documentos, também se tornarão mais assustadores, alertou.
Resultado de um esforço multinacional que abrange a Ásia, a Europa e a América do Norte, o relatório se baseia em nove documentos de apoio elaborados em parceria com instituições como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), a Escola de Economia e Ciência Política de Londres (Reino Unido), o Instituto Max Planck para o Desenvolvimento Humano (Alemanha), a Universidade Tsinghua e o Instituto para a Governança Internacional de IA (China), a Universidade de Ciência e Tecnologia da China, o Instituto Aapti (Índia) e o Laboratório do Futuro Digital (Índia), segundo o PNUD.
Recentemente, o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis criticou o frenesi coletivo com a inteligência artificial, apesar de reconhecer a eficiência da tecnologia em algumas áreas específicas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.