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Walter BarrosWalter Barros

6 criptomoedas para ficar de olho em novembro

Análise da Coinext aponta manutenção da dominância do BTC e do ETH, além do fluxo em tokens do ecossistema DeFi.

6 criptomoedas para ficar de olho em novembro
Mercado

Resumo da notícia:

  • Incertezas macroeconômicas de outubro não invalidam fundamento para alta em novembro.

  • Varejistas estão de olho no segmento DeFi.

  • BTC e ETH devem manter tendência de alta, caso otiismo dos investidores em relação à macroeconomia se confirme.

  • Tokens de DEXs têm chances de se destacar em novembro.

A Coinext divulgou nesta sexta-feira (31) uma análise contemplando seis criptomoedas com potencial de alta em novembro.

Segundo o documento assinado por Taiamã Demaman, analista-chefe da exchange de criptomoedas brasileira, outubro foi marcado por incertezas macroeconômicas, como o shutdown nos Estados Unidos e a retomada de tarifas dos EUA sobre a China, o que afetou negativamente o mercado. Nesse cenário, o Bitcoin (BTC) recuou cerca de 4%, enquanto o Ethereum (ETH) caiu 8% nos últimos 30 dias, a Solana (SOL) teve retração de 17%, o Chainlink (LINK) desvalorizou 19%, e Stellar (XLM) recuou 15%.

Apesar da correção no curto prazo, a equipe de pesquisa da Coinext salientou que os ativos indicados mantêm fundamentos sólidos: ampla adoção e popularidade, papel estratégico nas finanças descentralizadas e avanços tecnológicos constantes.

Novembro

A Coinext concentrou suas principais escolhas no BTC e no ETH, ressaltando que as duas maiores capitalizações do mercado cripto mantiveram suportes de preço fundamentais para preservação da estrutura de alta e seguem concentrando a capitalização do mercado. Por isso, continuam como apostas consistentes não só para médio e longo prazo, mas também para novembro.

Com a dominância em alta para esses dois principais ativos, as altcoins de menor capitalização perderam relevância no curto prazo. Foi o que alegou a Coinext para não repetir os ativos de primeira camada (layer 1) considerados na lista do mês de outubro, fazendo um recorte específico para o setor de exchanges descentralizadas (DEX). De acordo com dados do DeFiLlama, apenas em outubro, os protocolos de DEX movimentaram mais de US$ 400 bilhões em valor total bloqueado (TVL), refletindo não apenas o aumento do uso institucional e varejista, mas também o amadurecimento do setor.

Segundo a exchange, as iniciativas selecionadas se destacam por sua capacidade de atrair liquidez, pela sofisticação tecnológica e por seu potencial de valorização, desempenhando um papel central na consolidação das finanças digitais do futuro.

Confira a análise da Coinext:

Bitcoin (BTC)

Com investidores de olho na decisão do Federal Reserve e nas negociações de um acordo entre EUA e China, o Bitcoin mantém estrutura técnica de alta. O cenário segue construtivo, sustentado por fundamentos macroeconômicos e expectativas de política monetária mais branda, mas depende dos próximos eventos, incluindo desdobramentos do novo acordo anunciado por Trump e Xi Jinping.

Mais do que o corte de juros dessa semana, já precificado nas semanas anteriores, as declarações do presidente do Federal Reserve e outros diretores da entidade devem influenciar diretamente os movimentos do Bitcoin em novembro. A sinalização de que um novo corte em dezembro não virá pode atrasar uma nova máxima e manter o BTC em zona de acumulação.

A volatilidade observada recentemente, impulsionada por especulações de curto prazo, movimentos baseados em expectativas e não em fundamentos, tem gerado alguns questionamentos sobre a consistência da estrutura de alta. No entanto, esse comportamento está dentro do esperado para momentos de decisão monetária e não compromete o cenário construtivo vigente, que continua sustentado por tendências macroeconômicas e projeções de médio prazo.

Caso não haja um rompimento imediato após a reunião, o Bitcoin segue em fase de acumulação saudável, com a faixa entre US$ 108 mil e US$ 119 mil funcionando como zona de equilíbrio no curto prazo. O principal ponto de atenção da semana é o fechamento mensal desta sexta-feira (31). Um encerramento acima de US$ 115,8 mil reforçaria o cenário construtivo, enquanto um fechamento superior a US$ 119 mil seria interpretado como um sinal técnico de continuação da tendência de alta, abrindo espaço para o Bitcoin buscar os próximos alvos em US$ 126 mil e US$ 133 mil ao longo da primeira quinzena de novembro.

Por outro lado, suportes de curto prazo seguem em US$ 110 mil e US$ 108 mil, com zonas inferiores entre US$ 97,4 mil e US$ 93,7 mil atuando apenas como referências secundárias em caso de realização mais intensa.

Ethereum (ETH)

O Ethereum inicia a terceira semana consecutiva consolidando o suporte em US$ 3,9 mil, sinalizando força para tentar romper a atual tendência de baixa no gráfico semanal. Esse movimento é crucial: a superação dessa tendência pode indicar uma reversão estrutural de mercado, enquanto a falha em romper pode resultar em nova pressão vendedora e levar o ativo a buscar suportes inferiores, reacendendo o risco de retorno a um cenário de bear market.

Do ponto de vista técnico, o início de uma nova tendência de alta no Ethereum depende de fechamentos consistentes acima de US$ 4,3 mil, nível que atuaria como sinal de rompimento válido e possível disparo de compra no médio prazo. Por outro lado, caso o movimento seja rejeitado, a estrutura de suporte permanece em US$ 3,5 mil, com US$ 2,8 mil configurando o último suporte relevante antes de uma possível retomada da tendência de baixa mais acentuada.

Aster (ASTER)

A Aster é uma exchange descentralizada (DEX) especializada em contratos perpétuos, criada visando tornar o trading on-chain mais simples, inclusivo e eficiente. A plataforma atende desde iniciantes até traders avançados e nasceu da fusão entre Astherus e APX Finance em 2024. A união dessas duas frentes resultou em um ecossistema robusto que combina infraestrutura de derivativos de alta performance com soluções de otimização de rendimento, entregando profundidade de liquidez, agilidade operacional e uma experiência de usuário aprimorada.

Um dos grandes diferenciais da Aster é sua operação multichain, com integração a redes como BNB Chain, Ethereum, Solana e Arbitrum. Essa abordagem proporciona flexibilidade aos usuários, reduzindo taxas, aumentando a velocidade de execução e facilitando a interoperabilidade entre diferentes ativos e ecossistemas DeFi.

O desempenho da Aster se reflete em seus números. Com mais de 4,6 milhões de usuários e um volume de US$452 milhões em negociações spot logo no primeiro dia, a plataforma rapidamente se consolidou como uma das únicas DEXs a oferecer mercados Spot e Perpétuos. Seu volume mensal já atinge a marca impressionante de US$ 493 bilhões, rivalizando com exchanges centralizadas (CEXs) de grande porte.

O token ASTER tem atraído forte interesse do mercado. Destaques incluem a compra de US$ 1,53 milhão em tokens por um influente YouTuber e aquisições de aproximadamente US$12 milhões pela BlackRock, via operações OTC na Coinbase, um indicativo claro de interesse institucional crescente. Segundo projeções do portal Coinpedia, o token pode atingir um preço médio de US$1,383 em 2025, podendo chegar a US$ 2,74 em cenário otimista, ou recuar para US$ 0,691 em caso de forte pressão vendedora.

PancakeSwap (CAKE)

A PancakeSwap é uma das principais exchanges descentralizadas (DEXs) do mercado cripto, construída sobre a BNB Chain. Desde seu lançamento em setembro de 2020, a plataforma tem como objetivo simplificar a negociação de tokens BEP-20, oferecendo transações rápidas, com taxas acessíveis e sem intermediários.

Baseada no modelo de formador de mercado automatizado (AMM), os usuários negociam ativos por meio de pools de liquidez fornecidos pela própria comunidade. Ao longo do tempo, a PancakeSwap expandiu seu leque de serviços, incluindo staking, farming, NFTs, loterias, contratos perpétuos e suporte a múltiplas redes, como Ethereum, Aptos, Arbitrum e zkSync.

Em outubro, a DEX deu um novo passo ao lançar a CakePad, plataforma de acesso antecipado a novos tokens. Reformulada a partir das antigas Initial Farm Offerings (IFOs), a CakePad permite que qualquer usuário participe de lançamentos simplesmente comprometendo seus tokens CAKE, sem a necessidade de bloqueios ou staking. Todos os CAKE utilizados nas campanhas têm suas taxas totalmente queimadas, como parte do plano Tokenomics 3.0, que visa reduzir a oferta total em até 20% até 2030, mantendo uma meta de deflação de 4% ao ano.

Como principal DEX da BNB Chain, ela está bem posicionada para fornecer liquidez secundária a ativos tokenizados, permitindo a criação de pools de negociação para ações e ETFs na blockchain. Isso reforça seu papel como ponte entre os mercados tradicionais e o ecossistema DeFi.

Em 2025, o token CAKE manteve relativa estabilidade, oscilando entre US$ 2 e US$ 3 durante a maior parte do ano, com pico de US$4,15 em outubro. Apesar das flutuações, o protocolo mantém alta atividade de usuários e uso consistente do CAKE em suas funções-chave. Segundo a DigitalCoinPrice, também há projeções de valorização para até US$ 5,76 ainda este ano, embora cenários conservadores apontem possíveis correções para a faixa de US$ 2,36.

Uniswap (UNI)

A Uniswap (UNI) é uma das exchanges descentralizadas (DEXs) mais influentes do universo DeFi, tendo desempenhado um papel fundamental na popularização da liquidez on-chain. Lançada em 2018 sobre a rede Ethereum, a plataforma foi pioneira na implementação do modelo de formador de mercado automatizado (AMM), que eliminou intermediários e permitiu a qualquer usuário negociar tokens diretamente por meio de pools de liquidez fornecidos pela comunidade. Essa inovação foi crucial para impulsionar a revolução DeFi nos anos seguintes.

Ao longo dos anos, a Uniswap manteve uma evolução técnica constante. A transição da versão V1 para as versões V2, V3 e agora a V4 trouxe funcionalidades mais sofisticadas, como liquidez concentrada, ordens customizáveis e hooks modulares, que oferecem maior controle sobre as estratégias de negociação e ampliam a personalização do protocolo. Esses avanços consolidaram a Uniswap como uma DEX altamente eficiente, flexível e adaptável a diferentes perfis de usuário.

Em 2025, a plataforma deu mais um passo importante ao anunciar suporte à blockchain Solana em seu aplicativo web. Essa integração permite que usuários negociem tokens da rede SOL diretamente na interface da Uniswap, sem necessidade de soluções externas.

No aspecto técnico, o token UNI apresenta um comportamento de consolidação, oscilando entre US$ 6,17 e US$ 6,30. Segundo o portal Pintu.Co, a manutenção do indicador CMF (Chaikin Money Flow, que mede o volume de entrada e saída de capital em um ativo) em território positivo, aliada ao aumento do open interest, pode indicar uma possível valorização de curto prazo com alvos em US$ 7,00 a US$ 7,20. Por outro lado, a perda do suporte atual pode levar o preço a testar a região dos US$ 5,80.

dYdX (DYDX)

A dYdX é uma exchange descentralizada (DEX) focada em derivativos, reconhecida por oferecer contratos perpétuos com ferramentas de negociação de nível profissional, incluindo alavancagem, livro de ordens e execução avançada. Diferente das DEXs tradicionais, que se concentram em swaps simples, a dYdX entrega uma experiência robusta, voltada especialmente para traders experientes. Inicialmente baseada na Ethereum, a plataforma migrou para sua própria blockchain dentro do ecossistema Cosmos, conquistando maior escalabilidade, velocidade e descentralização.

O token DYDX vai além de uma simples moeda utilitária: ele desempenha papéis essenciais na governança, staking e captura de valor dentro do protocolo. Em 2025, a dYdX Foundation implementou um novo modelo de real yield, onde 25% da receita líquida é usada para recomprar tokens no mercado, enquanto 40% é distribuída em USDC para stakers.

Esse sistema reduziu a oferta circulante, aumentou o engajamento da comunidade e passou a servir de referência para outros projetos DeFi em busca de sustentabilidade econômica sem recorrer à inflação. Reforçando seu compromisso com acessibilidade e inovação, a dYdX integrou sua funcionalidade de negociação diretamente ao Telegram, o aplicativo de mensagens mais popular entre usuários cripto. Através de comandos simples, usuários podem executar ordens sem sair do app, tornando a experiência mais fluida e atraente, especialmente em mercados mobile-first. A estratégia visa ampliar o alcance da plataforma e conquistar os “próximos 100 milhões de usuários do Web3”, como destacou o CMO Chris Grundy.

O roadmap da dYdX até 2026 inclui novidades como mercados spot, exposição a ativos do mundo real e um programa de incentivos de US$ 20 milhões para fomentar o uso da rede. Do ponto de vista técnico, o token DYDX também mostra sinais positivos: segundo o 99Bitcoins, após atingir mínimas em setembro, o ativo superou a resistência dos US$ 0,68, acompanhado de aumento no volume, um indicativo claro de pressão compradora. Além disso, o DYDX recuperou as médias móveis de 50 e 100 períodos, reforçando o viés de alta no curto prazo.

Pelo lado pessimista, análises desta semana apontaram que a queda atual pode ser armadilha de urso, mas Bitcoin não escapará da ‘bolha do fim do mundo’, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Todo investimento e operação comercial envolvem riscos, e os leitores devem realizar suas próprias pesquisas antes de tomar qualquer decisão.

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