Apesar do declínio e mais de 50% no valor do Bitcoin (BTC) analistas de investimentos destaca que a criptomoeda é uma aplicação de longo prazo, indicando que o momento não é de vender as participações em criptoativos.
Nesta linha, para Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb, buscador de investimentos do país, atuar com criptomoedas é entender qual o objetivo do dinheiro a ser aplicado.
“Investir em criptomoedas está estritamente ligado à proteção do patrimônio a longo prazo. A gente estuda para comprar um carro, estuda qual o melhor restaurante para comer, estuda qual profissão seguir. Mas, na hora de investir nosso dinheiro, a gente pula o mais importante: o estudo. O investidor precisa conhecer qual o seu perfil de risco para assim poder atuar com segurança na renda variável e, consequentemente, com criptomoedas”.
Para Bernardo, o que faz com que os investidores tradicionais não confiem nas moedas digitais tem mais a ver com uma falta de entendimento do mercado e do seu perfil enquanto investidor, do que um receio ligado à volatilidade.
“Investir em criptomoedas é entender alguns passos. O primeiro é que o investidor não deve aplicar aquele dinheiro guardado para sua reserva de emergência, ou seja, aquela verba que pode ser retirada a qualquer momento para suprir despesas. Para isso, a renda fixa é mais recomendável. Já o segundo ponto é a conscientização da volatilidade das moedas: a pessoa somente deve investir o que ela tem ciência que pode perder”, complementa.
Pascowitch conclui que a instabilidade financeira gerada pela pandemia e intensificada com o cenário político traz mais desafios a cada um que deseja investir, mas a resolução é diversificar a carteira.
“As criptomoedas são os ativos com o maior potencial de valorização desta década e da nossa geração. Inclusive, nada bateu o bitcoin em valorização nos últimos 10 anos. Não dá para atuar com investimentos e não olhar para esse mercado. Hoje, com a Selic em alta para conter a alta dos preços, o investidor precisa diversificar ainda mais a sua carteira. Vale aumentar a posição renda fixa, para aproveitar a alta dos juros, mas sem deixar a renda variável de lado. Lembrando que a renda fixa deve ser usada para conservar o patrimônio e protegê-lo da inflação, e a renda variável para multiplicar esse patrimônio”.
Bitcoin ainda pode cair mais
No que se refere ao valor do mercado de criptomoedas ele permanece com uma tendência de queda. De acordo com o coinmarketcap, as principais moedas caíram desde a semana passada com Bitcoin -21,57%, Ethereum -31,47%, Ripple - 26,71% e o valor total do mercado de criptomoedas caiu abaixo de US$ 2 trilhões.
Analisando as ondas de Elliott o analista Gregor Horvat aponta que o BTC deve testar novamente suas mínimas e, com isso, pode haver espaço para mais queda, pelo menos para 33k-31k área para a onda (C) se não for ainda menor para a onda (3) abaixo de 30k.
"Portanto, permanecemos pessimistas e devemos estar cientes de mais pressão negativa enquanto o preço estiver abaixo da forte linha de tendência conectada às altas", disse.
Análise do Bitcoin 4h Elliott Wave
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