O mercado de criptomoedas operava a um market cap de US$ 3,58 trilhões (-2,9%) na manhã desta sexta-feira (6), ocasião em que o Bitcoin (BTC) era transferido por US$ 98,3 mil (-3,9%) com dominância de mercado a 54,2%, sentimento dos investidores em ganância extrema (81%), porém retraída ante o dia anterior, e as altcoins em terreno misto, apesar de algumas altas que chegavam a 150%, caso de dois tokens enunciados em listagem na Binance.
A saída de capital líquido associada aos recuos da participação do BTC e do índice altseason, a 84%, sinalizavam que parte dos traders buscavam proteção, já que o monitoramento da pltaforma CoinMarketCap apontava para o aumento de capitalização de satablecoins lastreadas no dólar americano e diminuição no volume de negociação de criptomoedas, a US$ 302 bilhões (-15,6%).
Um movimento retrátil semelhante se repetia no mercado acionário, pelo recuo de índices como o S&P 500 e o Nasdaq, correlacionados em até 70% com o desempenho do Bitcoin, encerrados respectivamente em 6.075,11 (-0,19%) e 19.700,26 (-0,18%).
O que se apresentava como cautela coincidia com a aproximação da divulgação do payroll nessa sexta, quando o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulga o relatório de novembro das folhas de pagamento não agrícolas do país. O que pode fornecer pistas os rumos dos juros na maior economia global após a última reunião do comitê federal de mercado aberto (Fomc), colegiado decisório do Federal Reserve (Fed), ainda este mês. O payroll também pode servir de catalisador para a volatilidade do Bitcoin.
Embora a retração coincidisse com a realização de ganhos anteriores e a desvalorização dos papéis de algumas big techs e da gigante dos seguros de saúde UnitedHealth Group, após o assassinato ainda não esclarecido do CEO Brian Thompson em uma rua de Manhattan na última quarta-feira (4), o aumento dos juros dos títulos dos Tesouro dos Estados Unidos, os Treasuries, indicava que parte dos investidores buscavam proteção. Nessa esteira, o Cboe Volatility Index (VIX), o índice do medo, encontrava-se avançado a 13,61 pontos (+1,19%), patamar ainda considerado baixo.
Por outro lado, os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e de Ethereum (ETH) mantiveram forte pressão compradora e registraram respectivas entradas líquidas de US$ 766,66 milhões e US$ 431,61 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.
Na seara das principais altcoins em capitalização de mercado, o IOTA valia US$ 0,43 (-12%), o VET orbitava US$ 0,064 (-0,064)-8,7%), o ONDO estava precificado em US$ 1,65 (-8%), o SUI pareava US$ 4,19 (+8,9%), o HNT orbitava US$ 8,87 (+8,8%), o MNT estava cotado a US$ 1,15 (+8,1%), o FET representava US$ 2,02 (+5,1%) e o WIF era comprado por US$ 3,42 (+4,3%).
Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o Bitget Token (BGB) alcançava US$ 2,31 (+30%), o DYDX estava avaliado em US$ 2,22 (+21,7%), o Worldcoin (WLD) era trocado por US$ 3,83 (+12,3%), o MOG representava US$ 0,0000032 (+34,8%), o ZRX se transformava em US$ 0,80 (+23,8%), o MORPHO se localizava em US$ 2,51 (+29,8%), o PAAL era vendido por US$ 0,37 (+20,8%) e o OMI era trovado de mãos por US$ 0,00068 (+49,6%).
Entre os destaques estavam o token do protocolo cross-chain Across Protocol (ACX) e o token da exchange descentralizada (DEX) baseada na rede Solana Orca (ORCA), transferidos respectivamente por US$ 1,40 (+136%) com um pico de preço de 150% e US$ 7,14 (+86%) com um pico de preço de 100%. Altas que sucediam um anúncio de listagem na Binance às 10 horas (horário de Brasília).
Gráfico de 24 horas do par ACX/USD. Fonte: CoinMarketCap
Entre outras listagens em exchanges de criptomoedas estavam F na Bitge e Kucoin, ZKJ na OKX Futuros, WYS e FEG na Biconomy, BSK e HF na BitMart, SOLCAT e OL na LBank, BLAST na Bitkub, SPOT na AscenDEX.
No dia anterior, o Bitcoin ultrapassou US$ 100 mil e favoreceu as altcoins em até 173% com um nome pró-cripto à presidência da SEC, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.