Enquanto muitos jovens procuravam uma maneira de amenizar os efeitos do isolamento social durante a pandemia, Tate Berenbaum foi para o porão desenvolver um código a fim de criar novas ferramentas para a Arweave (AR), que é uma rede descentralizada para armazenamento indefinido de dados ou, como prefere se descrever  o projeto desenvolvido por Sam Williams e William Jones, dois Ph.D. da Universidade de Kent,  "um disco rígido de propriedade coletiva que nunca esquece a permaweb", uma web permanente e descentralizada com vários aplicativos e plataformas orientados pela comunidade e que prevê o pagamento de “mineradores” para armazenagem das informações. 

Berenbaum, hoje com 19 anos, é um dos cofundadores da recém-criada Community Labs, uma startup de software e estúdio de capital de risco focada em apoiar projetos de criptomoedas na  Arweave e que acaba de levantar US$ 30 milhões em investimentos. A empresa conta com oito funcionários que trabalham remotamente em todo o mundo, incluindo o cofundador e conselheiro Leo Lucisano, de 38 anos, sócio de Tate Berenbaum.

A rodada de financiamento foi liderada pela Lightspeed Venture Partners e também contou com aportes da própria Arweave, além da Bain Capital Crypto e Blockchain Capital, entre outros investidores. 

Em entrevista à Bloomberg, Berenbaum se recusou a divulgar a avaliação de mercado da startup e revelou que se mudou para Nova York após trancar sua matrícula no primeiro ano da Universidade da Virgínia, para onde o rapaz afirmou que não pretende retornar, “no momento.”

Ele disse ainda que, além de expandir os recursos de armazenamento de dados da Arweave, pretende descobrir uma maneira para que a rede funcione de maneira semelhante à blockchain. Berenbaum também acrescentou que as novas funcionalidades preveem casos de usos financeiros e que ele já desenvolveu um serviço chamado “Verto”, que funciona como uma exchange descentralizada (DEX) dentro da Arweave. Segundo ele, o próximo passo da Community Labs é a criação de um aplicativo voltado ao armazenamento de tokens não fungíveis (NFTs). 

Entre os apoiadores da startup estão a Lightspeed e a Lightspeed Faction, cujos representantes disseram que Berenbaum é um “líder de pensamento” na comunidade Arweave e que as empresas estão interessadas em apoiar projetos como os da Community Labs, mesmo no inverno cripto. 

As inovações do jovem podem ter sido o que precisava a rede Arweave, já que o seu token, o AR, que era negociado por US$ 11,28 e com alta de 13,5%  na tarde desta sexta-feira (9), figurou entre as maiores baixas do mês de agosto, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

LEIA MAIS: