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Gráfica de 168 anos vai parar de imprimir notas de papel para 'imprimir' criptomoedas para Bancos Centrais

Uma das gráficas mais tradicionais da Europa responsável pela impressão de dinheiro no continente agora está focada em "imprimir" CBDC para Bancos Centrais

Gráfica de 168 anos vai parar de imprimir notas de papel para 'imprimir' criptomoedas para Bancos Centrais
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Uma das gráficas mais antigas do mundo e responsável pela impressão de dinheiro na Europa anunciou que agora vai "imprimir" criptomoedas.

Assim, a gráfica alemã Giesecke & Devrient (G&D), de 168 anos de existência, anunciou que está investimento mais de US$ 17 milhões na Metaco, uma startup localizada na Suíça que fornece serviços relacionados à custódia de stablecoins e bitcoins.

Além disso, a empresa informou que no ano passado lançou no mercado o software Filia, que pode ser utilizado por bancos centrais para a emissão de Moeda Digital de Banco Central (CBDC).

Comentando a adaptação das empresas do mercado tradicional ao universo cripto, Samir Tabar, co-fundador de uma startup de tokenização descentralizada, a Fluidity, comentou que migração da G&D é normal em tempos de economia digital.

"Esse processe de adequação à nova realidade fará com que muitas empresas tradicionais venham a realizar mudanças cada vez ais profundas na sua forma de atuação, algumas das quais tendem a se tornar totalmente digitais a fim de servir à nova realidade que se apresenta no horizonte econômico e tecnológico atual", disse.

Dinheiro fisico e dinheiro digital

E o processo de "impressão de criptomoedas" da G&D já está dando resultados.

Assim, atualmente, seis bancos centrais aderiram ao software criado pela empresa e estão negociando o uso do Filia para criar seu dinheiro digital.

Tanto é assim que já em 2019, cerca de 46% da receita de US$ 2,9 bilhões da G&D foram advindos da sua divisão de tecnologia voltada a moedas digitais.

A Giesecke & Devrient foi fundada em 1852 na cidade de Leipzig por dois jovens artesãos empreendedores, Alphonse Devrient, de 31 anos e Hermann Giesecke, de 21 anos.

Assim, no mesmo ano de fundação, a gráfica conseguiu seu primeiro grande contrato com o Banco de Weimar para produzir a nota de 10-thaler. 

A gráfica vem participando da história monetária desde então.

Assim, logo após a Primeira Guerra Mundial, ela se tornou uma das principais gráficas da República de Weimar.

Já no ano de 1936, produziu os ingressos para os Jogos Olímpicos de Berlim.

E agora, se tornou a primeira impressora privada de dinheiro a oferecer software para bancos centrais emitirem moedas digitais.

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