Dados da plataforma de monitoramento on-chain CoinMarketCap revelavam na tarde desta terça-feira (1) que 10 altcoins apresentaram alta de até 6.200% nos últimos 30 dias enquanto, no lado negativo, outros 10 tokens amargaram perda de até 100%. O que evidencia que a alta volatilidade e os riscos são maiores em pequenos projetos em capitalização de mercado, em linhas gerais.
Isso porque o índice que mede a ganância dos investidores de criptomoedas costuma aumentar ao sabor da ascensão da volatilidade. Com isso, os riscos de perda também crescem praticamente na mesma proporção, ou até mais, por causa da não observância de informações claras que servem como indicadores de “anomalias” na economia dos tokens, indicadores que acabam passando despercebidos.
Em relação às maiores altas dos últimos 30 dias, o monitoramento apontava para a liderança do desconhecido BROCK, token da blockchain de prova de autoridade (PoA) Bitrock, negociado a US$ 0,22 (+16,90%) com alta acumulada de 6.200% nos últimos 30 dias.
Gráfico de 30 dias do par BROCK/USD. Fonte: CoinMarketCap
Embora os dados não representem garantia de idoneidade do projeto, tampouco eliminem os riscos, o gráfico da evolução de preços era predominado por uma evolução aparentemente analógica e o monitoramento contemplava quase todos os dados da economia do BROCK, que ocupava a 2.307ª colocação em capitalização de mercado com pouco mais de US$ 1 milhão em volume de negociação nas últimas 24 horas.
Por outro lado, o mesmo não pode ser dito em relação ao segundo token de maior alta acumulada mensal, o Felix (FLX), que ocupava a 3.321ª colocação em capitalização de mercado, negociado por US$ 0,00000062 (+882%) e 4,226% de alta mensal.
Gráfico de 30 dias do par FLX/USD. Fonte: CoinMarketCap
Isso porque o gráfico era formado por linhas retas não analógicas, a página do projeto no CoinMarketCap continha alerta de não verificação do valor de mercado da memecoin inspirada no personagem de desenho animado “gato Félix” e diversas mensagens nos comentários acusavam o projeto de ser um golpe.
Completavam a lista: RISITA (+1.676%); HAVOC (+1.606%); CC (+1.536%); POP (+1.021%); HILO (+937%); EQPAY (+850%); KARA (+805%); REDLUNA (+796%).
No campo negativo, o LEET, token da exchange descentralizada (DEX) LeepSwap, caiu de US$ 14,46 para um valor próximo a US$ 0 na manhã desta terça-feira.
Gráfico de 30 dias do par LEET/USD. Fonte: CoinMarketCap
O derretimento do LEET aconteceu horas após a LeetSwap anunciar o comprometimento de alguns de seus pools de liquidez.
As our DEX is forked from Solidly, our factory had a security pause function.
— LeetSwap (@LeetSwap) August 1, 2023
We noticed that some pool liquidity might have been compromised and we temporarily stopped the trading to investigate.
A segunda maior queda era a do ROAR, token do projeto que também se apresenta como uma DEX, a AlphaDEX, negociado por US$ 0,0037 (+1,74%) e com baixa de 99,24% nos últimos 30 dias.
Gráfico de 30 dias do par ROAR/USD. Fonte: CoinMarketCap
Nesse caso, a presença de diversas linhas não analógicas no gráfico também coincidia com a ausência de informação de capitalização de mercado e acusações na página do projeto no CoinMarketCap de que o AlphaDEX (ROAR) é um “scam” (golpe).
Completavam a lista: ROOK (-98,41%); BRIDGE (-97,19%); CAW2.0 (-95,21%); PIG2.0 (-93,90%); AGB (-93,81%); OPAIG (-92,08%); MMM (-91,33%); PC (-91%).
Quem também teve seus “15 minutos de fama” foi a memecoin Bitcoin 2.0, que disparou 24.740% nas horas seguintes após ser lançada, e acabou amargando uma queda de quase 96%, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.