O bitcoin, primeira e maior criptomoeda do mundo, chegou a custar US$ 123 mil em 14 de julho. A notícia pode surpreender quem acompanhou a criptomoeda, lançada em 2008, sair do zero para este valor.
De ativo alternativo, o bitcoin se tornou investimento de grandes empresas, que já desenvolvem estratégias de investimento na criptomoeda e são chamadas de “Bitcoin Treasury Companies”.
“O Bitcoin atingiu recentemente uma nova máxima histórica, superando a marca dos US$ 123 mil, sustentado por uma demanda estrutural crescente, especialmente por parte de investidores institucionais”, explicou Matheus Parizotto, analista de research da Mynt.
Se grandes empresas estão investindo em bitcoin, você também deve
Para Matheus Parizotto, uma das justificativas para o recorde recente do bitcoin é a forte demanda institucional. Depois da Strategy (antiga MicroStrategy), outras empresas também desenvolveram estratégias de investimento em bitcoin, como é o caso da brasileira Méliuz.
“Diferentemente de movimentos anteriores, que eram impulsionados principalmente por investidores de varejo, este ciclo atual vem sendo fortalecido tanto pelos ETFs quanto pelas chamadas "Bitcoin Treasury Companies", empresas que acumulam Bitcoin em suas reservas financeiras com perspectiva estratégica de longo prazo”, disse Matheus Parizotto.
“Exemplos claros dessa tendência são a Strategy (anteriormente MicroStrategy), que possui mais de 597 mil BTCs em caixa, e a brasileira Méliuz, que recentemente aderiu a essa mesma estratégia. Para ilustrar a dimensão desse movimento, somente no primeiro semestre de 2025, empresas listadas adquiriram cerca de 245 mil BTCs, enquanto ETFs adicionaram outros 180 mil BTCs. Ao todo, esses investidores institucionais demandaram 425 mil BTCs, mais de cinco vezes a quantidade dos 82 mil novos bitcoins produzidos pelos mineradores no mesmo período”, acrescentou.
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Segundo Matheus Parizotto, a demanda institucional pode continuar impulsionando o preço do bitcoin no longo prazo:
“Essa demanda institucional exerce uma pressão positiva significativa sobre os preços do Bitcoin, principalmente devido à sua característica essencial de escassez. Nunca existirão mais do que 21 milhões de unidades, sendo que mais de 90% desse total já está em circulação. Como a oferta do Bitcoin é inelástica, ou seja, não aumenta conforme o preço sobe, qualquer crescimento adicional da demanda se traduz diretamente em valorização dos preços”, disse ele.
“Além disso, o interesse corporativo legitima o Bitcoin como uma reserva estratégica confiável, comparável ao ouro digital por sua escassez comprovada e independência das decisões monetárias e fiscais dos governos. Nesse sentido, o movimento das tesourarias corporativas sinaliza aos investidores uma validação institucional importante do Bitcoin, mostrando que grandes empresas globais e brasileiras já enxergam valor estratégico na exposição ao ativo”, acrescentou.
“Esse contexto sugere uma perspectiva otimista para o Bitcoin no médio e longo prazo, fundamentada em fluxos sólidos e sustentáveis, com potencial para acelerar novas altas à medida que a demanda continue superando a oferta disponível no mercado”, concluiu o analista.