Desde seu lançamento, há aproximadamente uma década e meia, o bitcoin acumulou uma valorização surpreendente, com sua última máxima histórica em US$ 109 mil. Desde então, a criptomoeda apresentou uma série de movimentos tanto de alta quanto de queda que representaram oportunidades significativas para investidores.
De acordo com especialistas da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, ainda é possível lucrar investindo em bitcoin e, para isso, é necessário saber identificar quais são os sinais de que um movimento de alta está por vir.
No aplicativo da Mynt, são divulgados relatórios frequentes sobre análises de mercado que podem facilitar a análise e tomada de decisão de investidores. Além disso, a plataforma oferece carteiras recomendadas com rebalanceamento automático nas criptomoedas com mais chance de alta no momento. Abra sua conta.
Os sinais de alta do bitcoin podem aparecer tanto em dados on-chain, ou seja, aqueles relativos ao que acontece na rede blockchain, ou em dados de mercado, ainda mais com o forte impacto da macroeconomia dos Estados Unidos no setor.
Além disso, um desdobramento recente também rapidamente se tornou importante para o preço do bitcoin: o interesse institucional, que disparou com o lançamento de ETFs de bitcoin à vista nos Estados Unidos no último ano.
No que ficar de olho
Analistas de research da Mynt revelaram os fatores principais que investidores devem levar em conta ao buscar por sinais de alta no bitcoin. A análise deve ser feita através de uma mistura de dados on-chain, off-chain e variáveis macroeconômicas.
“Para detectar um potencial movimento de alta do bitcoin, três camadas de evidências podem ser cruzadas:
(1) Métricas on-chain que medem o custo-base e a oferta circulante da criptomoeda
(2) Indicadores off-chain que capturam o apetite institucional e o sentimento dos investidores dos EUA
(3) Variáveis macro que sinalizam liquidez global e força do dólar.
Quando todas apontam na mesma direção – preço acima do custo-base dos holders, saídas líquidas das corretoras, inflows recorde em ETFs, expansão de M2 e DXY em queda – probabilidades se inclinam para continuação de alta”, disse João Galhardo, analista de research da Mynt.
Os analistas do Mynt revelaram como identificar e analisar dados para entender sinais de alta no bitcoin:
Dados on-chain
O que olhar |
Como interpretar |
Onde encontrar |
Short-Term Holder Realized Price (STH-RP) |
Preço > STH-RP ⇒ a maioria dos traders de curto prazo está no lucro e tende a não vender. Hoje o STH-RP está em torno de US$ 93 mil e o BTC negocia perto de US$ 104 mil. |
Glassnode ou CryptoQuant |
Long-Term Holder Realized Price (LTH-RP) |
Preço > LTH-RP confirma que holders “antigos” permanecem com lucro e sustentam a tendência. O LTH-RP subiu para US$ 45,3 mil, refletindo envelhecimento das moedas compradas a US$ 90-100 mil. |
Glassnode |
Spot Netflow das exchanges |
Saídas líquidas persistentes (netflow Desde o início de maio, o fluxo médio está em -US$ 17 mi/dia. |
CryptoQuant |
Dados off-chain
Métrica |
Sinal de alta |
Situação atual |
Coinbase Premium Gap |
Preço Coinbase > Preço Binance indica forte compra de institucionais nos EUA, que majoritariamente usam Coinbase. |
Diversos períodos com prêmio recentemente. |
Fluxo em ETFs à vista |
Séries de entradas > US$ 300 mi/dia apontam demanda institucional. |
Tem sido o caso há semanas. |
Enquanto muitos podem achar que as finanças tradicionais não possuem relação com o mercado de criptomoedas, o contrário já acontece no setor. Agora, investidores precisam estar atentos aos dados mais importantes da economia, como o M2 e DXY.
M2
“Para identificar sinais de alta no bitcoin, é essencial observar indicadores macroeconômicos que influenciam diretamente seu desempenho. Entre os mais relevantes estão a oferta monetária global (M2) e o índice do dólar americano (DXY)”, disse Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual.
“Historicamente, períodos de crescimento significativo na oferta monetária (dinheiro em circulação), medidos pelo M2, têm coincidido com ciclos de valorização do bitcoin. Isso ocorre porque o aumento da base monetária, resultado de políticas expansionistas dos principais bancos centrais, tende a direcionar capital para ativos escassos como o bitcoin, que se apresenta como uma reserva de valor alternativa em ambientes de liquidez abundante”, acrescentou.
DXY
“Além disso, o DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas, possui uma correlação inversa com o bitcoin. Quando o dólar se enfraquece, investidores frequentemente buscam ativos alternativos para proteger seu poder de compra, beneficiando a performance do bitcoin. Essa dinâmica reflete a percepção do ativo como proteção contra a desvalorização do dólar e a perda de confiança nas moedas fiduciárias”, disse Parizotto.
“Portanto, ao monitorar a expansão do M2 global e o índice DXY, investidores podem identificar condições macroeconômicas propícias para uma valorização do bitcoin”, concluiu.
De acordo com João Galhardo e Matheus Parizotto, esta é a rotina adequada para acompanhar os dados:
Rotina de monitoramento recomendada
Frequência |
Métrica |
Ferramenta |
Diariamente |
Netflow de BTC e stablecoins de corretoras |
CryptoQuant |
3×/semana |
STH-RP / LTH-RP |
Glassnode |
Diariamente |
Fluxo em ETFs (IBIT, FBTC, ARKB…) |
Farside / Bloomberg |
Semanal |
DXY & curva de juros US |
TradingEconomics |
Mensal |
M2 (Fed) + dados de liquidez global |
FRED • BIS |
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