A World Wildlife Fund-Australia (WWF-Austrália) anunciou o lançamento de uma ferramenta que usa blockchain na cadeia de fornecimento para permitir que empresas e consumidores rastreiem itens alimentícios, de acordo com um tuíte de hoje, 17 de janeiro.

A plataforma, que recebeu o nome de OpenSC, é o resultado de uma parceria entre a WWF-Austrália e a BCG Digital Ventures (BCGDV) - ramo empresarial, de investimento e de incubação corporativa global do Boston Consulting Group, com sede nos Estados Unidos.

De acordo com um post no site da WWF, o sistema permite que ambas as empresas acompanhem o que elas produzem e os consumidores também poderão visualizar suas origens através de um “código blockchain exclusivo no ponto de origem do produto”.

A plataforma distribui códigos QR para produtos feitos por empresas-clientes que se inscrevam no esquema. Os códigos são então vinculados a uma plataforma blockchain para permitir que os consumidores verifiquem a origem e o ciclo de vida de um produto específico.

Example of how OpenSC tracks a wild-caught fish

Exemplo de como a OpenSC rastreia um peixe pego na natureza. Fonte: WWF-Australia

O objetivo é, declaradamente, capacitar os consumidores com o conhecimento de exatamente o que eles estão comprando para que eles possam propositadamente fazer uma escolha mais ética.

Por sua vez, os produtores não poderão mais alegar as complexidades das cadeias de suprimento para encobrir práticas duvidosas de fornecimento e produção.

O CEO da WWF-Australia, Dermot O’Gorman, comentou em um comunicado de imprensa em anexo em 17 de janeiro:

“Por meio da OpenSC, teremos todo um novo nível de transparência sobre se os alimentos que ingerimos estão contribuindo para a degradação ambiental de habitats e espécies, bem como a injustiça social e questões de direitos humanos, como a escravidão.”

Os produtos rastreados pela OpenSC serão supostamente servidos na semana que vem para os líderes mundiais no evento do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, segundo nota à imprensa.

No futuro, o esquema pode se estender para além dos alimentos para lidar com áreas tão diversas quanto o óleo de palma e a madeira, reportou a Reuters hoje, que entrevistou Paul Hunyor, chefe regional da BCGDV na Ásia.

O lançamento surge na medida em que melhorias na cadeia de suprimentos baseadas em blockchain estão experimentando um aumento em sua atividade. Esta semana, a plataforma blockchain da gigante de computação IBM teve duas novas implementações envolvendo a produção de cobalto na República Democrática do Congo e a ampla indústria global de mineração.

Em novembro, enquanto isso, um fabricante de alimentos suíço tornou-se o primiero a usar a blockchain da Ethereum (ETH) para rastrear produtos advindos da pesca.