Os bilionários têm acumulado cada vez mais Bitcoin (BTC) nos últimos meses. Seguindo o exemplo de Paul Tudor Jones, o gerente de fundos de hedge, Stanley Druckenmiller se tornou o mais recente bilionário a revelar publicamente seus investimentos em Bitcoin.
Existem quatro razões principais pelas quais o Bitcoin está se tornando mais atraente para investidores com alto patrimônio líquido. As razões são a eficácia do Bitcoin como um diversificador de portfólio, como um hedge contra a inflação, como alternativa ao ouro e seu grande potencial de risco-recompensa.
Os investidores estão cada vez mais vendo o Bitcoin como o “ouro 2.0”
O ouro é uma importante reserva de valor e um ativo de proteção para investidores institucionais. Ele serve como uma proteção contra a inflação e como uma proteção contra uma potencial queda do mercado.
Os investidores consideram o ouro mais como uma espécie de seguro para proteger uma carteira de correções do mercado e incertezas macro. Como tal, ativos de proteção normalmente não retornam grandes ganhos no curto a médio prazo.
O Bitcoin tem potencial para alcançar ambos, pois está evoluindo para um ativo de proteção com enorme potencial de crescimento.
A capitalização de mercado do ouro é estimada em cerca de US$ 9 trilhões. Em contraste, o Bitcoin é avaliado em US$ 285 bilhões, deixando uma grande lacuna entre as avaliações dos dois ativos.
Em entrevista à CNBC em 9 de novembro, Druckenmiller enfatizou que a marca do Bitcoin como reserva de valor só melhora com o passar do tempo. Ele disse:
“O Bitcoin pode ser uma classe de ativos que tem muita atração como reserva de valor tanto para a geração Y quanto para o novo dinheiro da Costa Oeste - e, como você sabe, eles têm muito. Ele já existe há 13 anos e, a cada dia que passa, ganha mais estabilidade como marca. ”
Grande potencial de risco-recompensa
Durante sua entrevista, Druckenmiller observou que possui “muito mais vezes ouro” do que Bitcoin. Mas o investidor bilionário enfatizou que se o ouro subir, o Bitcoin também verá ganhos massivos e "provavelmente funcionará melhor".
Em comparação com o ouro, a criptomoeda dominante é “mais solvente” e “mais ilíquida”, disse o investidor. Consequentemente, há um potencial de valorização maior, mesmo se o Bitcoin compor uma porcentagem menor de uma carteira do que o ouro.
O Bitcoin também passa por um halving a cada quatro anos. Visto que a criptomoeda tem um suprimento fixo de 21 milhões, a taxa pela qual o BTC é minerado diariamente reduz em 50% após cada halving.
Se a oferta de Bitcoin diminuir, mas a demanda por ele aumentar, isso pode causar um aperto na oferta no longo prazo, resultando em preços mais altos.
Jogada contra inflação
O preço do Bitcoin é frequentemente correlacionado inversamente com o índice do dólar americano. Como o ouro, quando o dólar cai, o BTC tende a aumentar.
No longo prazo, os investidores, incluindo Tudor Jones, consideram o Bitcoin um jogada ideal contra a inflação. Particularmente depois que o Federal Reserve introduziu a estratégia de metas de inflação média de 2%, o BTC se tornou mais atraente para instituições que fazem hedge contra a inflação.
Diversificação de portfólio
O Bitcoin não precisa ser um investimento isolado. Historicamente, ele tem um bom desempenho como ativo de portfólio, retornando ganhos decentes para uma carteira equilibrada com base em ações. No mês passado, Dan Tapiero, cofundador da 10T Holdings, escreveu:
“Apenas 3% em posição BTC nos últimos 5 anos teria melhorado o desempenho de uma carteira 60/40 de 6,8% para 10,2%.”
A combinação dos quatro fatores mencionados acima estão tornando o Bitcoin um ativo de portfólio cada vez mais atraente para gestores de dinheiro.
Raoul Pal, o CEO da Real Vision Group, observou ainda que investidores como Druckenmiller, que almejam pelo Bitcoin, não devem ser subestimados no que pode ser um momento divisor de águas. Ele disse:
“O significado do maior e mais respeitado administrador financeiro do mundo, Stan Druckenmiller, dizendo há pouco que ele tem posições em Bitcoin, não pode ser exagerado. Isso removeu todos os obstáculos para qualquer fundo de hedge ou dotação a investir. ”
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