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'Não vamos fazer nenhum IPO em 2022', afirma Gustavo Chamati, fundador do Mercado Bitcoin

Em 2021 o Mercado Bitcoin captou cerca de US$ 200 milhões em uma rodada de financiamento liderada pelo SoftBank, elevando o valor da empresa para US$ 2,1 bilhões e agora exchange não planeja mais realizar IPO

'Não vamos fazer nenhum IPO em 2022', afirma Gustavo Chamati, fundador do Mercado Bitcoin
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Gustavo Chamati, fundador do Mercado Bitcoin, uma das principais empresas de criptomoedas do Brasil, afirmou, em entrevista a Folha de São Paulo, que a empresa não pretende realizar nenhum IPO em 2022 e tampouco em 2023.

Chamati destacou que os rumores de que a empresa pretendia realizar um IPO em 2021 eram verdadeiros mas que a companhia descartou a proposta mas acabou optando por rodadas de investimento privadas, pois o mercado não estaria pronto para dissociar as empresas do mercados de criptomoedas do interesse e do valor do Bitcoin (BTC).

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Em 2021 o Mercado Bitcoin captou cerca de US$ 200 milhões em uma rodada de financiamento liderada pelo SoftBank, elevando o valor da empresa para US$ 2,1 bilhões.

"A gente chegou a falar sobre a possibilidade de um IPO este ano, mas acabamos optando pela rodada privada (...) Eu acho que o mercado ainda não entendeu o que é a indústria de criptoativos. A Coinbase, listada nos EUA, continua crescendo trimestre a trimestre, mas as ações ainda variam de acordo com o preço do bitcoin, e não com o que a empresa está entregando. Eu diria que não está no horizonte pelo menos dos próximos dois anos", disse.

Ainda segundo Chamati, com o crescimento da empresa e as rodadas de investimento o Mercado Bitcoin entrou para uma nova classe de empresas que não são mais apostas mas já estão consolidadas no mercado.

Internacionalização

Na entrevista Chamati, apontou ainda que com o dinheiro captado a empresa está buscando internacionalizar sua plataforma sendo que em alguns países o MB está negociado a entrada com um player local para ter conhecimento do mercado e em outros está chegando por meio da compra de outras empresas já estabelecidas.

"A gente olha prioritariamente para México, Argentina e Chile, além de uma operação na Europa", disse.

O fundador do MB destacou também que várias empresas do mercado de criptoativos e blockchain cresceram aceleradamente nos últimos anos, e que o crescimento do Mercdo Bitcoin não foi diferente.

"É uma consequência da captação e da trajetória da empresa. Até por ter crescido muito rápido, a nossa captação já foi no valuation de US$ 2,1 bilhões, quer dizer, duas vezes o valor para virar um unicórnio. O status de unicórnio em si não mudou, mas a captação sim. O dinheiro faz diferença e veio porque a gente precisava dele para poder acelerar a nossa estruturação", afirmou.

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