A Prosegur, uma das principais empresas de armazenamento de valor do mundo, revelou ao Cointelegraph, durante o Febraban Tech, que está preparada para oferecer um bunker de custódia offline para o Drex e demais ativos tokenizados dentro do ecossistema em blockchain do Banco Central.

Gil Hipólito, diretor de Inovação e Produtos da Prosegur Cash, destacou que a plataforma de armazenamento de ativos digitais da empresa está preparada para os tokens EVM do Drex e aguarda o progresso do projeto do BC.

"Estamos preparados para oferecer armazenamento para o Drex e tokens dentro do Drex, dependendo de como a arquitetura será definida pelo Banco Central. Nossa plataforma pode oferecer custódia fria para qualquer criptoativo, inclusive o Drex, como um mecanismo de proteção adicional ao sistema", revelou.

Hipólito destacou que o foco da Prosegur são grandes instituições financeiras, fundos de investimento, family offices e outros players com alto volume de custódia em cripto, "estamos especializados em uma solução profissional de custódia fria, desconectada da rede, e estamos trazendo nossa experiência da Europa para o Brasil", disse.

"O Brasil vem estudando implementar a segregação patrimonial dentro do escopo dos operadores de ativos digitais. Acreditamos que essa segregação é essencial para a saúde do sistema financeiro e estamos prontos para oferecer uma solução profissional de custódia que garante a segurança dos ativos dos clientes das instituições financeiras", afirmou.

Bunker cripto

Em outubro do ano passado, a Prosegur anunciou no Brasil a implementação da Prosegur Crypto, o primeiro bunker para a custódia de ativos digitais de clientes brasileiros e da América Latina. A empresa já havia iniciado, em 2021, sua operação na gestão de criptoativo na Espanha, de onde presta serviço em toda Europa.

“Estamos ampliando nossos serviços em resposta à demanda de um mercado que vem se transformando. Para entidades financeiras, com ênfase especial nos bancos, abre-se uma ampla janela de oportunidade no campo da custódia de ativos digitais e nos sentimos muito seguros em oferecer uma solução que tem como premissa a mesma excelência e know-how de nosso serviço tradicional de custódia, adaptada para o mundo digital”, afirmou José Ángel Fernández Freire, presidente executivo da Prosegur Crypto.

Com a implantação do bunker, o Brasil espera deter 50% da operação global da Prosegur Crypto. Assim como em outros países, que vem crescendo na área institucional impulsionados pelo estabelecimento dos marcos regulatórios, a empresa se prepara para atender o setor financeiro brasileiro, adaptando-se à regulamentação do país.

No bunker da Prosegur, o armazenamento das moedas digitais é realizado integralmente em carteira fria, ou seja, as chaves privadas dos clientes serão armazenadas de forma offline, sem qualquer conexão com a internet. São mais de 100 medidas de proteção em 6 camadas integradas de segurança na cadeia de custódia dos ativos digitais.

O espaço físico dedicado ao armazenamento tem acesso limitado a pessoas autorizadas e fica instalado em São Paulo, seguindo os rígidos critérios de segurança da Prosegur. Os criptoativos são assegurados dentro de uma maleta, com camada de segurança própria da Prosegur Crypto, o que impede o acesso não autorizado.

O bunker é monitorado 24 horas por dia com duas centrais de segurança que funcionam de forma redundante, e sob qualquer imprevisto como tentativa de invasão, vários dispositivos de segurança são acionados, inclusive um gerador de neblina densa, que em apenas 30 segundos torna todo o espaço inacessível, sem campo de visão a um palmo de distância.

"No Brasil, estamos em uma fase transitória, pois a regulação do Banco Central ainda não foi publicada. Muitas grandes instituições estão aguardando essa regulação para tomar decisões. Entretanto, posicionamo-nos como a única empresa dedicada exclusivamente a uma solução de custódia fria profissional no mundo cripto, oferecendo total segurança para as instituições financeiras e seus clientes", finalizou Hipólito.