O cofundador da Berkshire Hathaway, Warren Buffett, recentemente se manifestou sobre deepfakes de inteligência artificial (IA) e a perpetuação de golpistas na reunião anual dos acionistas da empresa. 

Buffett, a nona pessoa mais rica do mundo (em abril de 2024), viu seu patrimônio líquido crescer em cerca de US$ 16 bilhões somente nos primeiros cinco meses de 2024. Durante a reunião de acionistas realizada em Omaha, Nebraska, ele elogiou o crescimento e a perseverança da empresa, apesar da morte do vice-presidente Charlie Munger, em novembro de 2023.

No entanto, os comentários rapidamente se voltaram para IA no decorrer da reunião. Falando durante uma sessão de perguntas e respostas, Buffett disse: “Não sei nada sobre IA, mas isso não significa que eu negue a sua existência ou a importância ou qualquer coisa do gênero.”

Após esse comentário inicial auspicioso, ele comparou o impacto das tecnologias de IA em atividades financeiras ilícitas ao advento da bomba atômica e à proliferação de armas nucleares.

Essa opinião é derivada de uma experiência relatada pelo bilionário na qual ele foi exposto a um sósia deepfake que parecia, se vestia, se movia e falava exatamente como ele.

De acordo com a transcrição da reunião:

“Quero dizer, golpes sempre fizeram parte do cotidiano amercno, mas isso me faria, se eu estivesse interessado em investir em golpes, investir no setor com maior potencial de crescimento de todos os tempos. E, de certa forma, isso é possível. Obviamente, a IA também tem potencial para coisas boas, mas não sei como você, com base no sósia que vi recentemente, praticamente enviaria dinheiro para mim mesmo várias vezes em algum país maluco.”

Embora essa não seja a primeira vez que Buffett critica o que ele vê como o potencial assustador da IA, é notável que os maiores investimentos da Berkshire Hathaway estejam na segunda empresa mais valiosa do mundo, a Apple.

O primeiro lugar que cabia à empresa de Cupertino foi usurpado pela Microsoft, que metaforicamente se amarrou a um foguete quando investiu pesadamente na OpenAI, criadora do ChatGPT.

Desde então, a Apple está tentando recuperar o atraso. Com grande parte do foco dos produtos da empresa voltado para o público sendo colocado em produtos de IA generativa.