Em um post no Reddit na sexta-feira (7), Vitalik Buterin, cofundador da Ethereum (ETH), destacou as preocupações críticas de segurança em torno das pontes (conexões) cross-chain no ecossistema de blockchain. Conforme relatado por Buterin, o armazenamento de ativos nativos em cadeia direta (Ethereum em Ethereum, Solana em Solana, etc.) fornece um certo grau de imunidade contra ataques de 51%. Mesmo que os hackers consigam censurar ou reverter as transações, eles não podem propor blocos para remover a criptografia de alguém.

A regra também se aplica ao aplicativo Ethereum. Por exemplo, se os hackers lançam um ataque de 51% (controlando 51% de todo o suprimento de ETH circulante) enquanto um investidor troca 100 ETH por 320 mil stablecoins DAI, o estado final permanece sem variação, ou seja, o investidor sempre obteria 100 ETH ou 320 mil DAI.

No entanto, Buterin acrescentou  que o mesmo nível de segurança não se aplica a pontes cross-chain (de cadeia cruzada). No exemplo que ele levantou, se um invasor depositasse seu próprio ETH em uma ponte Solana (SOL) para obter Solana-Ether embrulhado (WETH) e, em seguida, revertesse essa transação no lado Ethereum assim que o lado Solana a confirmasse, ocorreriam perdas devastadoras para outros usuários cujos tokens estão bloqueados no contrato SOL-WETH, já que os tokens embrulhados não são mais suportados pelo original em uma proporção de 1:1.

Buterin descreveu ainda como a exploração de segurança pode ser dimensionada negativamente à medida que mais pontes são adicionadas a uma rede cross-chain. Em uma rede teórica que compreende 100 cadeias, o alto nível de interdependência e derivados sobrepostos significaria que um ataque de 51% em uma cadeia, especialmente em uma pequena capa, pode causar um contágio em todo o sistema. De acordo com a Crypto 51, custa até US$ 1,78 milhão por hora para que os hackers montem um vetor de ataque de 51% contra a rede Ethereum. No entanto, o custo cai para apenas US$ 13.846 por hora para blockchains como Bitcoin Cash.

 

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