Atualização 09 de abril: Bitfinex emitiu uma nota negando qualquer conexão aos fundos apreendidos por promotores polôneses.

Está se espalhando a notícia da apreensão de 400 milhões de euros de uma conta que seria afiliada à casa de câmbio de cripto Bitfinex no Banco Cooperativo em Skierniewice, na Polônia. A investigação supostamente está ligada às operações de um cartel de drogas colombiano, informou um canal de notícias local em 6 de abril. A notícia ainda não foi oficialmente confirmado ou negado pela Bitfinex.

Diz-se que os fundos confiscados correspondem ao desvio de € 400.000 do Ministério das Relações Exteriores da Bélgica durante a construção de sua embaixada na República Democrática do Congo.

Os promotores estariam investigando contas ligadas a duas empresas. Uma delas é registrada nas proximidades de Pruszków, e diz-se ser dirigida por alguém de ascendência canadense-panamenha. A segunda empresa é supostamente presidida por um homem com cidadania colombiana e panamenha. Ambas as empresas teriam mais de 1,27 bilhão de PLN (US $ 371 milhões) depositadas em suas contas.

É essa segunda conta que é relatada como vinculada à Bitfinex. No final de 2017, documentos publicados on-line pareciam mostrar a Bitfinex direcionando seus clientes para uma conta no Banco Cooperativo em Skierniewice, conforme publicado pela Bloomberg.

No fórum polonês Bitcoin.pl, um usuário do Bitfinex alegou ter sido interrogado pela polícia polonesa na semana passada: “Eu falei como testemunha sobre o caso da Crypto sp z o.o porque eles me mandaram dinheiro da Bitfinex e suas contas foram bloqueadas.”

Os relatórios de hoje na mídia polonesa levantaram a suspeita de que existe uma conexão entre as redes Crypto sp z o.o (e a controladora Crypto Capital Corp) e o narcotráfico, sugerindo que os criminosos converteram fiduciário em cripto para encobrir seus rastros.

Ainda não foram apresentadas acusações, com os procuradores poloneses à espera da cooperação da Europol e da Interpol.

Tem havido muita controvérsia em torno da Bitfinex e da empresa irmã Tether, ambas recebendo intimações de reguladores dos EUA em dezembro por razões não reveladas. Em 2017, a Wells Fargo & Co. supostamente se se recusou a continuar operando como banco correspondente da Bitfinex e da empresa irmã Tether. A Bitfinex, em seguida, entrou com uma ação que foi rapidamente descartada.

O blogueiro Bitfinex'ed postou suas preocupações repetidamente sobre a obscuridade em torno das contas bancárias da bolsa, o que resultou na ameaça da Bitfinex de entrar com uma ação legal contra ele.

Especula-se também que a Tether esteja operado uma reserva fracionária e está encobrindo o seu déficit de reserva em cumplicidade com a Bitfinex. As suspeitas aumentaram quando a Tether supostamente rompeu relações com um auditor terceirizado.

No momento da confecção do texto, a Bitfinex não havia respondido ao pedido de comentários da Cointelegraph.