Entre os dias 28 e 30 de abril, foi realizado o Hacking For Trust, hackathon voltado a soluções de impacto social criadas com o uso de Web3, que contou com equipes de Brasil, Quênia e Nigéria. Dos cinco projetos premiados, dois foram desenvolvidos por equipes brasileiras: CarbonVerifier e Jornadas.

Hackathon internacional

O Hacking for Trust foi organizado pela Impact Plus, braço de impacto social da Polygon, pela Universidade de Georgetown e pela 1inch. O evento ocorreu simultaneamente em Brasil, Quênia e Nigéria. A ONG Educar+, localizada no Complexo do Chapadão, no Rio de Janeiro, sediou a versão do hackathon no Brasil. 

O objetivo do hackathon foi encontrar soluções de impacto alinhadas com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). As 17 equipes participantes concorreram a US$ 20 mil em prêmios, concedidos por Polygon e 1inch. Além disso, cada time contou com a participação de membros da Universidade de Georgetown para auxiliar seus projetos.

Ao todo, foram selecionados cinco projetos vencedores, cabendo à Polygon nomear três deles e à MetaMask os dois restantes. O CarbonVerifier, projeto de uma equipe brasileira, ficou em primeiro lugar entre os projetos escolhidos pela Polygon. Já o Jornadas ficou com a segunda colocação entre as soluções escolhidas pela MetaMask.

“Nossa meta era conseguir mostrar como a tecnologia Web3 pode ser uma ferramenta, acima de tudo, de construção de mudança de vida. Apesar de apenas cinco levarem o prêmio, todos os projetos inscritos se propunham a isso”, afirma Henrique Aragon, Country Officer do Brasil da Impact Plus.

Blockchain e mudanças climáticas

O CarbonVerifier combinou tecnologia blockchain e Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) para criar uma maneira mais eficiente de lidar com as mudanças climáticas. O projeto está ligado aos ODS 11, 13 e 15 da ONU, que são, respectivamente: “Cidades e Comunidades Sustentáveis”, “Combate às Alterações Climáticas” e “Vida sobre a Terra. 

A equipe por trás da proposta foi composta por Henrique Marlon, Emanuele Lacerda, Elisa Flemer e Alberto Miranda. A solução proposta pelo CarbonVerifier foi uma maneira transparente e segura para as empresas compensarem suas emissões de carbono, eliminando a necessidade de confiança na verificação de terceiros. 

As medidas de ação climática são medidas por dispositivos de IoT, capazes de aferir, de forma precisa, as emissões de carbono. Um contrato inteligente analisa, então, os dados enviados pelos sensores, e determina se uma empresa é elegível para emitir tokens de crédito de carbono sobre uma blockchain.

Apoio às minorias

Jornadas foi o projeto brasileiro selecionado pela MetaMask, idealizado por Nilo Jr e Rafaella Rodrigues. Sua finalidade é oferecer apoio a grupos minoritários, usando um mecanismo de denúncia e solicitação de apoio psicológico, jurídico e assistencial em situações de violência. 

Além de oferecer assistência para a realização de denúncias, o Jornadas trabalha para que as vítimas não retornem para situações de vulnerabilidade através de cursos gratuitos de capacitação.

“A conexão com a MetaMask permite o recebimento de recursos e seu gerenciamento e, caso o usuário não possua carteira ou não tenha conhecimento específico sobre como abrir uma, haverá um tutorial simples tanto em explicação estática quanto em vídeo para facilitar o processo de abertura”, conclui Nilo Jr.

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