Recentemente, o Bitcoin atingiu uma nova máxima histórica na Argentina, mas muitos investidores ainda não enxergam o que está prestes a acontecer com o mercado global. O alerta veio do analista Lark Davis, que foi certeiro em prever a alta do BTC para US$ 109 mil.
“As pessoas estão dormindo ao volante. Ainda estão presas ao medo de recessão e aos traumas de 2021”, disse.
Segundo um vídeo publicado pelo analista, enquanto o medo domina as manchetes, a liquidez global já está voltando ao mercado financeiro. O índice MOVE, que mede a volatilidade dos títulos do Tesouro dos EUA, chegou a 139,88 no dia 9 de abril.
“É o ponto que costuma acionar o Federal Reserve”, disse Davis.
Isso pode representar uma volta disfarçada do afrouxamento monetário, mesmo sem anúncio oficial de quantitative easing.
Bitcoin se prepara para nova onda de alta
A correlação histórica entre a expansão da liquidez e o preço do Bitcoin sugere que o ativo digital pode iniciar um novo ciclo de valorização. Ele também aponta que um ‘pump’ multi-mensal está a caminho, o que pode levar o preço para novos patamares.
“Bitcoin costuma subir três meses após o aumento da liquidez”, afirmou Davis.
Além disso, os ETFs de Bitcoin estão captando bilhões em aportes, com destaque para uma única semana que acumulou US$ 2,7 bilhões. Em 28 de abril, mais US$ 591 milhões entraram em ETFs, indicando que os institucionais estão acumulando posição como se fosse uma liquidação.
Do ponto de vista técnico, ele destaca que o Bitcoin rompeu a tendência de baixa e recuperou médias importantes como a de 21 e 50 semanas. O MACD de 3 dias virou para alta, como aconteceu em outubro de 2024 — movimento seguido por um salto de 88% no preço.
Apesar do receio de uma recessão nos EUA, com o PIB do primeiro trimestre caindo 0,3%, o cenário macroeconômico favorece ativos de risco. A confiança do consumidor colapsou e as vagas de emprego decepcionaram. Para Davis, “esses dados pressionam o Fed a cortar juros”, o que libera mais liquidez no sistema.
Vários países já estão abrindo as torneiras da liquidez, o que reforça a tese de que estamos entrando na fase final do bull market. “Esqueça o halving, esqueça os ETFs. É a liquidez que move tudo”, enfatizou Davis. Para ele, o atual momento lembra o início de 2017, quando o Bitcoin disparou após uma sequência de estímulos e adoção institucional.
Quem perdeu a mínima de abril ainda tem tempo. “Agora pode ser a segunda melhor hora para comprar Bitcoin”, concluiu o analista.