A TBD, divisão da fintech Block, fundada pelo criador do X (antigo Twitter) Jack Dorsey, lançou nesta terça-feira (16) no Brasil o protocolo tbDEX, voltado a transferências internacionais, que vai abarcar toda a América Latina.
O tbDEX é um protocolo financeiro de código aberto criado para fornecer aos “desenvolvedores, empresas, empreendedores e governos uma infraestrutura e linguagem universais para movimentar valor em todo o mundo.”
De acordo com a empresa, o protocolo descentralizado e não permissionado “abre portas para a identidade autossoberana (SSI, na sigla em inglês), que é o controle de todos os dados pessoais de pessoas e instituições.
Foi o que motivou o desenvolvimento do tbDEX, segundo a COO da TBD, Emily Chiu, em entrevista à Exame. De acordo com a executiva, o protocolo tem como objetivo solucionar problemas relacionados à falta de confiança e compliance que persistem nas transações transfronteiriças.
Isso porque o protocolo adiciona uma camada de segurança através de um serviço de troca de mensagens entre as partes envolvidas na transação, que possibilita o encontro entre elas em qualquer lugar do planeta, proposta “eficiente e barata”, segundo Chiu.
De acordo com a representante da TBD, a proposta é que o tbDEX funcione como uma infraestrutura para o desenvolvimento de novos projetos, integrados à rede, para transferências de moedas fiduciárias e criptomoedas.
"Muitos países possuem sistemas de pagamentos antiquados, mas também temos várias inovações em vários países, mas isso ainda não chegou ao nível transfronteiriço. As transferências crossborder ainda são muito lentas e caras, sem interoperabilidade, mesmo em países mais modernos", disse.
Ela ainda destacou que o tbDEX é instantâneo, sem custo de transações e focado na criação de credenciais verificáveis e criptografadas através da tecnologia blockchain.
De olho no avanço do setor de transferências internacionais em blockchain, uma representante da startup estadunidense Ripple declarou que o avanço da regulamentação brasileira pode colocar o país na vanguarda do mercado cripto na América Latina, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.