A stablecoin supostamente lastreada em Reais, BRZ, desenvolvida pela startup Transfero Swiss, movimentou cerca de US$ 35 milhões em sete meses, segundo informações exclusivas compartilhadas com o Cointelegraph em 30 de janeiro.

Segundo a empresa, a projeção para 2020 é superar US$ 10 milhões por dia em volume de negociação e alcançar o total de US$ 250 milhões transacionados até o final do ano.

“Temos uma divisão entre volumes em exchanges e no mercado de balcão, também conhecido como OTC. No mercado de exchanges começamos pequenos e hoje temos um volume negociado de US$ 100 mil por dia em média. Entretanto, no OTC sempre tivemos volumes relevantes. Desde o segundo semestre de 2019, chegamos a negociar um total de US$ 35 milhões em BRZ”, detalha o CEO da Transfero Thiago Cesar.

Ainda segundo a empresa o BRZ recebeu em janeiro o prêmio de principal stablecoin de um país emergente concedido pelo Miami Blockchain Center. Cesar recebeu a premiação em um jantar de gala na Versace Mansion, com presença do prefeito de Miami, Francis X. Suarez e outras personalidades do mundo dos ativos digitais, como Brock Pierce e Bobby Lee. 

A experiência com BRZ também esteve presente no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na semana passada. Cesar participou de um painel sobre criptomoedas no CV Summit e apresentou a stablecoin sob a perspectiva de uma criptomoeda de um país emergente. O que é uma grande novidade, já que as maiores stablecoins são lastreadas a moedas de países desenvolvidos, como o dólar e o euro. 

“O BRZ está avançando porque há casos de usos reais para ele, seja para empresas e indivíduos no Brasil acessarem o mercado de criptomoedas internacional de forma mais ágil, seja para internacionalizar o real brasileiro, diante da baixa liquidez internacional da moeda fiduciária local”, afirma Cesar.

O BRZ não é a unica stablecoin supostamente lastreada em Reais no Brasil, como noticiou o Cointelegraph, o ex-dono da exchange brasileira Mercado Bitcoin, Rodrigo Batista, anunciou a criação pela nToken de uma stablecoin lastreada em reais, que funcionará tanto na rede Ethereum quando na Stellar.

Outras empresas também já lançaram stablecoins lastreadas em reais, como a Stratum, com a RAS. Também há o RealT, construído em Ethereum, o FBRLT, com Waves e o BRLT também feito em Ethereum. 

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