Na manhã desta sexta-feira (16), o mercado de criptomoedas se encontrava lateralizado a US$ 2,07 trilhões (+0,08%) em capitalização de mercado, ocasião em que o Bitcoin (BTC) era trocado de mãos por volta de US$ 58,3 mil (-0,2%) com retração acumulada semanal de 3,7%, dominância de mercado a 55,8%, sentimento dos investidores em região neutra, porém mais próxima do medo (41%), e as altcoins em terreno misto apesar da alta de 100% de alguns tokens.

Os preços apontavam para a dissociação cripto em relação a índices acionários correlacionados ao segmento. Entre eles o S&P 500 e o Nasdaq, que avançaram respectivamente a 5.543,22 (+1,61%) e 17.594,50 pontos (+2,34%) no dia anterior. Movimento que sucedeu a divulgação de dados que apontaram aumento da venda de varejo e recuo do desemprego nos EUA.

Segundo o Departamento do Trabalho daquele país, as vendas de varejo subiram 1% em julho ante 0,4% projetado pelos analistas e o recuo de 0,2% em junho, o que elevou para 2,66% a base anual. Já os pedidos de seguro-desemprego na semana anterior foram de 227 mil, abaixo dos 236 mil aguardados pelo mercado. 

Embora esses dados tenham reduzido o pânico da semana anterior relacionado ao risco de recessão na maior economia global, eles também podem afastar a postergar o início dos cortes na taxa de juros básica do Federal Reserve (Fed), o que desfavorece mercados como o de criptomoedas pelo custo elevado do dinheiro.

Essa pode ter sido a interpretação dos investidores em relação aos fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin, que registraram entradas líquidas de US$ 11,11 milhões, e de Ethereum (ETH), que somaram US$ 36,21 milhões em saídas líquidas, de acordo com dados da plataforma SoSoValue.

No campo positivo das principais altcoins em capitalização de mercado, o RUNE estava precificado em US$ 3,88 (+6,4%), o AAVE se estabelecia em US$ 110,47 (+5%), o FTM orbitava US$ 0,38 (+4,3%) e o UNI estava precificado em US$ 6,47 (+3,6%). Pelo contrário, o APT era transferido por US$ 6,14 (-5,8%), o 1000SATS era transacionado por US$ 0,00028 (-5,9%), o LDO pareava US$ 0,99 (-5,4%) e o WIF respondia por US$ 1,46 (-5,3%).

Na seara minoritária das altas de dois dígitos percentuais, o GIGA orbitava US$ 0,027 (+14,2%), o RARE estava quantificado em US$ 0,12 (+33%), o SYN se equiparava a US$ 0,48 (+19,7%), o VELO se nivelava por US$ 0,012 (+15,1%), o SUN atingia US$ 0,010 (+12,5%), o LYX se convertia em US$ 1,81 (+12,3%), o STRK se comparava a US$ 6,56 (+15,45) e o PUPS estava cotado a US$ 3,71 (+24,1%).

Chamava a atenção o pouco conhecido KSP, negociado por US$ 0,26 (+82,8%) com um pico de preço de 100% nas últimas horas.

Gráfico de 24 horas do par KSP/USD. Fonte: CoinMarketCap

Olhando para os canais oficiais do protocolo de liquidez em finanças descentralizadas (DeFi) sul-coreano KLAYswap, não foi possível identificar um episódio específico que pudesse se correlacionar com a alta do token, cujo volume de negociações atingiu US$ 3,3 milhões (+2,024%) nas últimas 24 horas, período em que o market cap alcançou US$ 17,5 milhões (+82,7%) e rankeou o token na 783ª colocação. Porém, uma análise recente da plataforma IntoTheBlock apontou a possibilidade de rali em DeFi pelos saques massivos de USDT das exchanges centralizadas.

Entre as novas listagens em exchanges de criptomoedas estava MUSIC e AIN na Bitget, DOGS na Kucoin, SATO na LBank, BEBE na Huobi, RENDER na Upbite, WENMOON na CoinEx, MNT e TON na Bitkub, AUD na OKX, MEME, MOG e AUCTION na Kraken.

No dia anterior, com dados decepcionantes da inflação nos EUA, as criptomoedas recuaram até 20% enquanto o Bitcoin se encontrava pressionado, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.